Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
terça-feira, 10 de maio de 2011
10 de maio de 2011 | N° 16696
LIBERATO VIEIRA DA CUNHA
Razões íntimas
Não há investimento mais produtivo, nem de mais pronto e assegurado retorno, do que aquele destinado à formação. Mas para isso é preciso que a educação tenha verdadeira posição de primazia nas prioridades nacionais. É o que mostra, uma vez mais, reportagem publicada na Veja. No texto se comprova que, no Chile, o quinhão destinado à educação saltou de 2,5% do PIB em 1990 para 6,4% este ano.
No Brasil a marca se mantém estacionada em torno dos 5%. E enquanto em nossas escolas a característica mais saliente é a da violência, em nossos vizinhos do lado de lá da Cordilheira dos Andes o ensino é um ingrediente crucial do modelo de desenvolvimento.
Não há, aliás, desenvolvimento, sem que o giz e o quadro-negro estejam à frente das preocupações governamentais. É o que se observa no Chile - onde os turnos letivos têm oito horas, o que continua sendo uma miragem entre nós. É o que deve estar contribuindo para que 71% dos jovens chilenos estejam matriculados no ensino médio, cifra que cai a 57% em Pindorama.
Também aqui, 15% cursam a universidade, para 30% no Chile. Não custa, a propósito, lembrar que o grande salto que transformou a Coreia do Sul em um dos Tigres da Ásia teve como plataforma a educação.
É um fato que leva a recordar que é necessário mais do que a formação especializada para construir uma personalidade jovem.
É ótimo que tenhamos excelentes engenheiros. É fundamental que contemos com mestres em informática. É imprescindível que contabilizemos um crescente número de doutores em ciências exatas.
Mas isso tudo será nada se pusermos de lado a face humanística da educação.
Isso significa - num brevíssimo resumo - que rapazes e moças cursando a universidade devem olhar além de suas carreiras em perspectiva.
Devem prezar o belo e a verdade. Devem buscar a transcendência dos atos e dos fatos. Devem interrogar as razões íntimas de suas vidas e de seus destinos.
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