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terça-feira, 3 de maio de 2011
03 de maio de 2011 | N° 16689AlertaVoltar para a edição de hoje
PAULO SANT’ANA
Osama e Obama
Deixa eu entender melhor. O mundo inteiro saudou ontem a morte de Osama bin Laden, executado em operação pela CIA.
Quando Saddam Hussein foi enforcado pelos EUA, apanhou o mundo em indiferença.
Mas agora não, juntaram-se multidões nas ruas para saudar a morte de Osama bin Laden.
Quem anunciou a morte de Osama foi o presidente Obama. Fez isso com a tranquilidade de quem queria explicar ao mundo que, para evitar que caiam mais duas torres gêmeas em Chicago, futuro alvo da Al-Qaeda, morrendo mais milhares de norte-americanos, ele se orgulha de ter mandado matar apenas Bin Laden e mais três ou quatro companheiros.
Ou seja, Barack Obama tenta transmitir ao mundo a lógica de que a única arma que o terrorismo teme e pode vencê-lo é uma espécie de outro terrorismo de Estado, a chamada legítima defesa preventiva.
Não sei se foi Osama bin Laden quem planejou a derrubada das torres gêmeas.
O que sei é que Bin Laden se jactava velada ou ostensivamente de tê-lo feito.
O terrorismo é um estranho equipamento humano pelo qual idealistas chegaram à conclusão de que não há outra forma de derrotar governos inimigos que não seja pegá-los de surpresa aqui ou ali e infligir-lhes imensos danos.
Mas várias dúvidas me invadem neste momento: 1) por que os EUA jogaram o corpo de Bin Laden no mar, ao contrário de Che Guevara, que se encontra num mausoléu em Havana? 2) por que, até ontem à noite, não havia sido divulgada pelos EUA a foto do cadáver de Bin Laden, que afastaria todas as dúvidas sobre o fato?
Em 40 anos de jornalismo, já assisti a mil destemperos de dirigentes da dupla Gre-Nal.
Já vi dirigente invadir campo, ameaçar árbitros, agredir jornalistas, vi de tudo, chamar árbitro de “negro patife” etc.
Mas o que promete o vice-presidente de futebol do Internacional bate todos os recordes de destampatórios em campos de futebol.
Já por exemplos anteriores incitativos e pelas suas tropelias durante o Gre-Nal de anteontem, se o Conselho Deliberativo do Inter ou os companheiros não o frearem, haverá uma tragédia no futebol gaúcho.
É nitroglicerina pura.
Comecei ontem o meu tratamento radioterápico, contando para isso com os melhores recursos humanos e tecnológicos do Centro Oncológico e Radioterápico (COR), do Grupo Mãe de Deus. Durará dois meses.
A chefia do meu tratamento está a cargo do Dr. Cláudio Sá Brito, com o apoio do oncologista Carlos Barrios.
E lá estou indo eu para mais outra barra pesada, diante de tantas outras dos últimos tempos.
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