Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
02 de maio de 2011 | N° 16688
KLEDIR RAMIL
Michelle Obama
Na recente viagem da família Obama ao Brasil, um detalhe chamou a atenção: o cardápio das refeições precisava ter sempre uma opção vegetariana, já que a primeira-dama dos EUA é vegan radical. Nossa chefe de cozinha se apressou em adaptar vários pratos típicos e inventou até uma feijoada com tofu defumado.
Michelle é uma ótima aliada nessa minha luta por uma alimentação saudável. Sou vegetariano há 35 anos e estou cansado de ouvir bobagens e piadinhas a respeito da minha opção alimentar. Muitas delas motivadas por esse meu físico franzino de magrão.
Agora, quando alguém insinuar que devo ter uma saúde frágil porque não como carne, vou apontar a First Lady como exemplo. Além de bonita, Mrs. Obama é uma mulher enorme e musculosa, um modelo do que é capaz de produzir a alimentação vegetariana. Uma mulher forte, em vários sentidos.
Todo mundo sabe que, em geral, quem manda na comida da casa é a mulher. Fico tentando imaginar como deve ter sido difícil a negociação com aquele seu marido carnívoro. O cara chega em casa depois de um dia exaustivo de trabalho, com vários problemas rondando sua cabeça – coisas do tipo desequilíbrio orçamentário, tornado no Alabama, Kadafi na Líbia –, senta à mesa e pede um filé mal passado.
A patroa, de avental, manda um “Na-na-ni-na-não! Vamos comer salada verde, não podemos dar mau exemplo para as meninas dentro de casa”.
Eu sei que isso é um assunto doméstico, mas quando se trata do homem mais poderoso do mundo, tudo vira segurança de Estado. Há indícios de que foi preciso envolver a CIA, o FBI, a FDA (Food and Drug Administration) e até uma comissão especial do Congresso americano para convencer a mulher a permitir a entrada de carne na Casa Branca. Dizem que ao fim das negociações diplomáticas, batalha ganha, Barack teria se virado para a esposa com um leve sorriso no rosto e soltado seu bordão: “Yes, we can!”.
Acredito que a derrota tenha ficado atravessada na garganta da primeira-dama e, você sabe como é, não se mexe com os brios de uma mulher. Muito menos uma mulher musculosa.
Mas a vida segue, a fila anda. Dentro de alguns anos, o cara terá que entregar o cargo, e aí, sem a proteção dos mariners, não tenha dúvida... Vai ter que comer salada.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário