sexta-feira, 9 de abril de 2021


09 DE ABRIL DE 2021
POLÍTICA +

Queiroga deixa boa impressão na visita ao Rio Grande do Sul

A diferença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para o antecessor, general Eduardo Pazuello, pôde ser percebida nos detalhes de sua passagem pelo Rio Grande do Sul. Foi a primeira visita do ministro a Porto Alegre e ele deixou boa impressão por onde passou, começando pela entrevista dada ao Gaúcha Atualidade antes de decolar em Brasília. Médicos que ouviram a entrevista gostaram da ênfase ao que é consenso na comunidade científica no combate ao coronavírus: vacina, uso de máscara, distanciamento social e higienização constante das mãos.

Nas intervenções, foi enfático na defesa da vacina como prioridade absoluta do Ministério da Saúde. Para conseguir acelerar o processo de imunização, Queiroga não só conta com os contratos já assinados, como espera ampliar o leque de ofertas. Mesmo com o avião prestes a decolar, estendeu a entrevista para além do combinado com a assessoria, de modo a reforçar a mensagem em defesa do uso de máscara.

Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o ministro está se revelando mais político do que o antecessor. Foge de bolas divididas e faz malabarismos para não entrar em atrito com Bolsonaro. Enquanto o presidente defende o chamado tratamento precoce, que não tem eficácia comprovada, o ministro limita-se a dizer que a prescrição de medicamentos é prerrogativa dos médicos.

A agenda, inicialmente restrita ao Grupo Hospitalar Conceição (GHC), incluiu rápida visita ao Instituto de Cardiologia e ao Hospital de Clínicas, em sinal de aposta na política de bom relacionamento. No Conceição, onde almoçou e teve sequência de reuniões, Queiroga fez questão de visitar a UTI covid e uma ala de internação clínica (foto).

O superintendente do GHC, Cláudio Oliveira, formalizou o pedido de suplementação do orçamento para concluir o Centro Oncológico. O ministro foi receptivo e prometeu submeter a demanda à equipe técnica.

Leite discutirá compra de vacinas

Na próxima semana, o governador Eduardo Leite planeja visitar o Instituto Butantan, em São Paulo, para tratar da possibilidade de compra da CoronaVac pelo Rio Grande do Sul, depois que forem entregues as 100 milhões de doses contratadas pelo Ministério da Saúde e as reservadas pelo governo de São Paulo.

Embora o Estado tenha dinheiro no orçamento para a compra de ampolas, até agora nenhuma das conversas com laboratórios privados resultou no fechamento de contratos, até porque a prioridade é o fornecimento ao governo federal.

Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, o coordenador do Centro de Contingência de Combate ao Coronavírus de São Paulo, João Gabbardo dos Reis, informou que o governo paulista vai comprar 40 milhões de doses assim que Butantan cumprir o contrato com o ministério.

Sugestões ao governo

A comissão da Assembleia que tratou do enfrentamento à pandemia, presidida pelo deputado Pepe Vargas (PT), entregou ontem seu relatório ao presidente da Casa, Gabriel Souza (MDB). Entre as recomendações contidas no documento, está a de que o Rio Grande do Sul busque a mesma alternativa adotada pelo consórcio dos Estados do Nordeste.

Os nordestinos assinaram contrato direto com o fundo russo de investimentos que fornece a vacina Sputnik, produzida pelo instituto Gamaleya. Este consórcio conseguiu contrato para fornecimento de 37 milhões de doses que serão importadas e disponibilizadas para o Plano Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.

MP denuncia Roberto Jefferson

O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, foi denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul por ofensas proferidas contra o governador Eduardo Leite no Twitter e em entrevista à Rádio Bandeirantes de Porto Alegre.

Os promotores decidiram mover duas ações: uma na esfera criminal, por injúria, e outra na cível, por dano moral à comunidade LGBT+.

Esta última é um movimento inédito no MP, pois os promotores entenderam que as ofensas do ex-deputado têm alcance coletivo.

Em 20 de março, o próprio governador foi ao órgão representar contra Jefferson por injúria e homofobia.

Jefferson não quis prestar esclarecimentos ao MP na audiência remota realizada na segunda-feira passada.

A ação penal foi distribuída para a 8ª Vara Criminal.

aliás

Um dos méritos do ministro Marcelo Queiroga nestes primeiros 15 dias no cargo foi mudar os costumes no Ministério da Saúde no Palácio do Planalto. Desde que ele assumiu, o presidente Jair Bolsonaro tem aparecido em público usando máscara.

A visita a Chapecó, quarta-feira, foi um exemplo claro da mudança: todos de máscara e respeitando o distanciamento.

Pedido reforçado

A prefeitura de Porto Alegre e a seccional gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RS) manifestaram posição favorável ao pedido do governo do Estado para a retomada das aulas presenciais no Rio Grande do Sul, em ação que aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal. A Procuradoria-Geral do Município e a OAB encaminharam pedidos para ingressar como parte interessada no processo.

O movimento é idêntico ao do Ministério Público, que também solicitou ao Supremo que libere a abertura dos colégios. A decisão sobre o pedido do governo será do ministro Nunes Marques.

A intenção do Piratini é liberar as aulas presenciais para a educação infantil e o 1º e 2º anos do Ensino Fundamental.

na goleada de 9 a 2, em que o stf deu aval a estados e municípios para restringir a ocupação de templos na pandemia, o ministro nunes marques ganhou a companhia inesperada de dias toffoli na defesa dos interesses dos evangélicos.

Nome definido

A professora Cleusa Werner será candidata a presidente do Cpers pelo movimento integrado pela ex-presidente da entidade Rejane de Oliveira. Para o grupo, cabe à comissão eleitoral, "no seu tempo e com a autonomia que o estatuto lhe confere", encaminhar a eleição no sindicato.

ROSANE DE OLIVEIRA

Nenhum comentário: