O surpreendente casamento de Kelly Mattos e Eduardo Gabardo
Eram 11 horas de sábado, eu tomava o meu café da manhã tardio, quando luziu no meu celular uma mensagem da Kelly Mattos:
"Posso te pedir um favor?"
"Mas é claro".
"Tu quer ser meu padrinho de casamento com o Gabardo e fazer o discurso na cerimônia?"
"Nossa! Que honra! Lógico que aceito! Quando será o casamento?"
"Dentro de uma hora".
"Hein?"
Foi isso mesmo que você leu, perplexo leitor: a Kelly e o Gabardo decidiram se casar assim, de inopino, e os convidados virtuais seriam apenas as mães deles e o padrinho. No caso, eu. Tudo foi feito rapidamente, no estilo kellyano. Logo, eu tinha de correr. Arrumei-me mais ou menos, ajeitei o cabelo, botei uma camisa e fui escrever o discurso. Em uma hora, o celular tocou e lá estávamos eu, a mãe da Kelly, Maria Lúcia, sentada na areia da praia, e a do Gabardo, Nara, ainda com um ar de incredulidade no rosto.
O Gabardo entrou na capelinha da Restinga de tênis, bermudas e camiseta branca, mantendo seu espírito esportivo, ladeado por duas crianças, uma com camisa do Grêmio, outra com camisa do Inter, mantendo sua neutralidade de repórter. A Kelly estava de vestido branco, muito feliz. O padre Ceron realizou a cerimônia com muita concentração, eles trocaram juramentos e pronto! Estavam casados. Saíram da capelinha sob chuva de arroz atirado pelas crianças do abrigo mantido pelo padre.
Antes disso, claro, li meu discurso. A Kelly chorou ao final. Então. considerei que fui bem-sucedido, apesar de ter escrito às pressas. Leia você também, porque o que escrevi vem do coração. É exatamente o que desejo aos noivos:
"Tenho até medo dessa junção da Kelly com o Gabardo. Até medo. Quem conhece os dois também terá. Porque a Kelly, segundo o meu amigo Admar Barreto, não é uma só; são várias. São Kellys Mattos, a todo momento fazendo uma coisa diferente, inventando, mobilizando, fazendo acontecer.
É isso: a Kelly faz acontecer.
Já o Gabardo atua em silêncio. Você nunca sabe o que ele está fazendo, mas sabe que ele está fazendo. O Gabardo fica quieto e, de repente, estoura com uma grande notícia, um furo espetacular, uma informação vibrante que só ele seria capaz de levantar.
O Gabardo, a seu modo, também faz acontecer.
Eles são tão ubíquos, tão cheios de poderes especiais, que a união deles seria como se a Mulher-Maravilha se casasse com o Batman. Imagine o que eles farão juntos e os filhos que sairão desse matrimônio.
Ah, sim, esses dois, estando unidos, vão aprontar muitas.
Mas o que mais espero que eles aprontem não tem a ver com suas imensas qualidades profissionais. Nada a ver com seus superpoderes. Não.
Espero que a Kellenzinha possa derramar sobre o Gabardo vigorosos raios da sua doçura e do seu carinho. E que ele retribua da mesma forma, que seja sempre compreensivo e sempre lhe dê atenção.
Mas a liga dessa associação não poderia ser outra senão o amor. Que o amor esteja sempre entre eles, que se solidifique e se fortaleça e assegure essa união. Que eles avancem em meio às inevitáveis vicissitudes da vida e que, mais tarde, quando estiverem bem velhinhos, e já não tão ativos, eles lembrem dos seus tempos de super-heróis e olhem para a vida toda que tiveram juntos e digam, sorrindo um para o outro: valeu a pena".
DAVID COIMBRA
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