segunda-feira, 12 de abril de 2021


12 DE ABRIL DE 2021
ARTIGOS

ESPERANÇA NO FUTURO

Recentemente, ouvi uma frase que me tocou profundamente: sejam gentis com as pessoas, quase ninguém está bem.

Essa afirmação me fez refletir sobre algumas consequências invisíveis da pandemia, afinal, há um ano somos surpreendidos pelos efeitos da covid-19.

Um vírus desconhecido que nos impôs uma verdadeira e inimaginável revolução comportamental. Deixamos de abraçar e beijar pessoas queridas, mas tivemos a oportunidade de olhar para dentro mais atentamente. Qual foi nossa descoberta diante do espelho interior?

Muitos descobriram que, mesmo em tempos de crise, é possível se reinventar e buscar formas de crescer, seja pessoalmente, emocionalmente ou espiritualmente. Tentamos suprir a falta de contato físico com presença virtual e percebemos que nunca precisamos tanto de apoio e carinho. Estamos carentes de tudo que o dinheiro não pode comprar: afeto, respeito, tolerância e compaixão.

Também entendemos que não adianta procurar culpados e que não venceremos essa batalha sozinhos, por isso, nossa energia e esforço devem estar canalizados para reduzir a contaminação e a propagação do vírus, com a adequada higienização das mãos, uso correto de máscara, respeitando o distanciamento social e evitando aglomerações. Lembrem-se de que as palavras convencem, mas os exemplos arrastam.

Nossa responsabilidade social como cidadãos deve estar acima dos interesses individuais. Obedecer às medidas protetivas amplamente divulgadas desde o início da pandemia não é mais uma opção, é nossa única alternativa de sobrevivência enquanto a vacinação em massa não acontece.

Ninguém está confortável em meio ao caos. Todos temos prejuízos, seja pela carência do convívio com a família, pela falta de oportunidade no mercado de trabalho ou por ter que lidar com a doença. Mas tempos difíceis pedem paz, foco e coragem.

Juntos somos capazes de frear a disseminação do vírus e impedir uma terceira onda. Que tenhamos atitudes altruístas que inspiram, salvam vidas e nos fazem ter esperança no futuro.

GILKIANE CARGNELUTTI, JORNALISTA

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