terça-feira, 2 de fevereiro de 2021


02 DE FEVEREIRO DE 2021
INFORME ESPECIAL

O bilionário prejuízo das empresas urbanas de ônibus

A crise no setor de transporte urbano de passageiros está longe de ser uma exclusividade de Porto Alegre. É um problema generalizado no país.

O tamanho das perdas aparece em um recente relatório da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). De acordo com a entidade, a redução do número de passageiros, aliada a outros fatores, gerou um prejuízo acumulado de R$ 9,5 bilhões de 16 de março a 31 de dezembro do ano passado. O levantamento inclui companhias que operam em capitais, regiões metropolitanas e outras cidades de grande, médio e pequeno porte.

Com as medidas para frear os contágios pelo novo coronavírus, o ano terminou com 61% da demanda usual, conforme a entidade. A quantidade de viagens realizadas por passageiros chegou a cair 80% nas primeiras semanas da crise sanitária no país. Em dezembro, a redução média observada foi de 39,1%. O ajuste na oferta de frota foi insuficiente para compensar as perdas de receita. O presidente da entidade, Otávio Cunha, avalia que o problema continuará "enquanto a tarifa paga pelo passageiro for a única fonte de financiamento do serviço na maior parte das cidades".

O estudo da NTU indica que, em Porto Alegre, a redução da demanda chegou a 50% em dezembro, enquanto a oferta de transporte era 52% menor. No caso da Região Metropolitana, os recuos foram de 45% e 35%, respectivamente.

Os número mostram ainda a perda de 61,4 mil postos de trabalho entre janeiro e novembro no país...Suporte psicológico para profissionais da saúde.

A coluna publicou ontem informações de uma pesquisa sobre o estado mental dos profissionais da saúde na pandemia. O trabalho detectou um significativo percentual de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem com sintomas da síndrome de burnout e de depressão. Mas há onde procurar ajuda.

O TelePSI é um projeto criado por uma parceria entre o Hospital de Clínicas de Porto Alegre e o Ministério da Saúde. A intenção é oferecer gratuitamente suporte psicológico para os profissionais da área e mesmo de outras, consideradas essenciais no período de crise sanitária.

A iniciativa começou em maio do ano passado. Funciona por meio de teleconsultas. Cerca de 4,5 mil pessoas já procuraram a iniciativa e, destas, 1,39 mil receberam tratamento. Ansiedade, irritabilidade e depressão foram os problemas mais constatados.

O projeto atende profissionais de todo o país. O período para inscrição de novos participantes se encerra no dia 11 de fevereiro. Os atendimentos vão até março. Interessados podem ligar para o telefone 0800 6446543 e em seguida apertar a opção 4 ou acessar o link https://telepsi.hcpa.edu.br/ para se cadastrar.

Do bem

O coletivo Arquitetos Voluntários tornou-se oficialmente uma associação sem fins lucrativos. A cerimônia de assinatura do estatuto contou com a presença dos coordenadores no HealthPlus (Tecnopuc), espaço que abrigará a sede do grupo. Desde março de 2020, o projeto entregou 16 ações em instituições de saúde de Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo e Caxias do Sul.

Tradição rompida

Os prejuízos das restrições oficiais às homenagens a Nossa Senhora dos Navegantes e Iemanjá, devido à pandemia, não se restringem aos devotos. Estendem-se aos produtores de uma fruta cujo consumo é uma tradição na data, por aliar sabor ao alto poder de hidratação: a melancia.

As vendas na Ceasa-RS foram prejudicadas, admite o gerente técnico, Claiton Colvelo. A frustração entre produtores, que se concentram de Triunfo a Bagé, tem outras razões. Após os prejuízos com a seca na safra passada, na atual o produto está maior e mais doce. Os ganhos poderiam ser mais saborosos.

Eventos

A Associação Gaúcha de Empresas e Profissionais de Eventos está convocando seus associados, "independente de estarem ativos ou afastados, em dia ou não com suas obrigações", para uma assembleia geral amanhã às 17h, online pelo Zoom ou presencial, na Avenida Lucas de Oliveira, 1678/203, Porto Alegre.

Na pauta, saídas para a crise que afeta o setor, um dos mais prejudicados pela pandemia.

CAIO CIGANA - INTERINO

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