quarta-feira, 6 de janeiro de 2021


06 DE JANEIRO DE 2021
+ ECONOMIA

Consertar países quebrados é a grande tarefa dos estadistas

O calendário virou, mas o presidente continua o mesmo. Ontem, tentando justificar o descumprimento de uma promessa de campanha, Jair Bolsonaro afirmou, ao sair do Palácio da Alvorada:

- O Brasil está quebrado, chefe. Eu não consigo fazer nada. Eu queria mexer na tabela do Imposto de Renda, tá, teve esse vírus, potencializado por essa mídia sem caráter.

Do ponto de vista da coluna, que faz parte do que ele chama de "mídia sem caráter", não é a imprensa que o presidente desrespeita ao fazer esse tipo de afirmação. É, acima de tudo, cada um de seus 57,7 milhões de eleitores, que o escolheram exatamente, para consertar o país. Para não ser exaustiva, a coluna vai citar apenas uma das frases em que o então candidato prometeu "consertar" o Brasil:

- Fizemos uma campanha não diferente dos outros, mas como deveria ser feita, afinal de contas, a nossa bandeira, o nosso slogan, eu fui buscar naquilo que muitos chamam de caixa de ferramentas para consertar o homem e a mulher, que é a Bíblia sagrada.

Consertar países é tarefa de estadistas. Outros tipos de ocupantes do principal cargo executivo em uma república, como Bolsonaro, escolhem se manifestar como se não tivessem qualquer responsabilidade sobre as suas circunstâncias. A conclusão óbvia é que não há material de estadista na natureza do atual presidente.

Economicamente falando, o Brasil não está quebrado. Enfrenta, sim, situação fiscal bastante adversa, com endividamento pesado, que encosta em R$ 5 trilhões, dos quais R$ 1,3 trilhão vencem neste ano. Um dos motivos do aumento foi a manobra de elevar o auxílio emergencial de R$ 500, aprovado pelo Congresso à sua revelia, em R$ 600, para colocar o seu carimbo e ganhar popularidade.

Em vez de ter gasto cerca de R$ 300 bilhões para bancar o benefício, poderia limitado a despesa a R$ 240 bilhões e reduzido o endividamento em R$ 60 bilhões. O custo da atualização da tabela do Imposto de Renda é estimado em cerca de metade desse valor: R$ 36 bilhões. Esse é o papel do estadista: tomar decisões. De preferência, as certas.Naquele momento, não deixou de gastar porque o país estava "quebrado".

Quebrada estava a Grécia em 2015, quando fez plebiscito para consultar a população, obteve resultado A e praticou o plano B. Quebrado está um país que não consegue mais se financiar, nem atrai qualquer tipo de investimento. Para o Brasil, está difícil, mas ainda não é uma "quebra". E pior, não há sinal de melhora até o final de 2022.

Startups do RS que fizeram diferença

Em parceria com o Instituto Caldeira, o Sebrae RS listou as startups gaúchas que mais se destacaram em cada setor. O levantamento foi feito com análise do mercado e considera as já consolidadas, que crescem e entregam soluções. Pedro Valério, CEO do Caldeira, pondera que dar visibilidade às startups é uma forma de gerar competitividade no Estado. Para a coordenadora estadual de startups do Sebrae-RS, Debora Chagas, o levantamento é importante para destacar iniciativas do ecossistema de inovação, além de inspirar empreendedores a investir em inovação.

Agronegócio (agritechs)

Aegro: software de gestão

Checkplant: softwares

Cowmed: produção de leite

Elysios: inteligência integrada

Arpac: pulverização com

drone

Educação (edtechs)

Me Salva: estudo online

Aula Livre: aulas online

Minha Escola: solução ampla

Diário Escola: agenda escolar

Cognitiva Brasil: apoio

pedagógico

Varejo (retailtechs)

James Tip: gestão de estoque

Simbio: gestão e caixa

Suitshare: venda WhatsApp

Kiskadi: sistema integrado

Cake ERP: gestão e PDV

Indústria (indtechs)

Prosumir: evitar desperdício

de energia

Sirros IoT: internet das coisas

Pix Force: imagens

Mantoflex: extrusão reativa

Seculor: indústria 4.0

Saúde (healthtechs)

Web Med: gestão e consultas

Stargrid: gestão de escalas

Cíngulo: app de terapia

Fácil Consulta: para consultas

Tummi: app em oncologia

Finanças (fintechs)

Warren: investimentos

Urbe.me: foco em imóveis

Captable: foco em startups

OpenBox: recebíveis

Me Empresta: crédito e

investimentos entre pessoas

Alimentos (foodtechs)

Saipos: gestão de restaurante

Delivery Much: telentrega

Cozinhe.me: experiências

Anota Aí: delivery

Loomos: app que identifica

ingredientes

MARTA SFREDO

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