Ouça o som que vem de Pelotas
Até amanhã, Pelotas, no sul do Estado, recebe um dos maiores eventos de música de concerto da América Latina. É como se a Capital do Doce se transformasse, de repente, na Cidade dos Sons: do violino, do trombone, da harpa, da percussão, por todos lados, em todos os cantos. Todos mesmo: no teatro, na igreja, no caminhão, em lojas e até na praia e no hospital.
Desde o último dia 15, 63 apresentações públicas e gratuitas dão vida ao Festival Internacional Sesc de Música (veja as fotos). É algo para ser valorizado.
Além dos shows, há cursos de instrumentos, de canto, de choro, música de câmara, prática de orquestra e banda sinfônica, com bolsas integrais e parciais. O evento recebe 400 alunos de 22 Estados e cinco países, ávidos por aprender com 46 professores - entre eles, Liviu Prunaru, spalla (primeiro violino) da Concertgebouw Orchestra, de Amsterdã.
Este talvez seja um dos mais bem acabados exemplos, no Rio Grande do Sul, de como é possível multiplicar os benefícios da cultura. Isso significa, por tabela, desenvolver o comércio local, estimular o turismo e gerar receita para o município.
Desde a abertura, o público está sempre presente. Em algumas apresentações, há filas. É a arte ao alcance de qualquer pessoa.
- A comunidade nos abraçou. Absolutamente todos os espetáculos lotam. Nas apresentações na Praia do Laranjal, chegamos a ter 8 mil espectadores - conta o diretor artístico do festival, Evandro Matté, maestro da Orquestra Sinfônica da Capital (Ospa).
A ideia nasceu em 2011 e, desde então, é levada a cabo pelo Sistema Fecomércio, por meio do trabalho incrível do Sesc e do Senac, em parceria com o Ministério da Cultura. Há, também, uma série de parceiros e apoiadores, entre eles a prefeitura. E sabe por que funciona? Porque muita gente acreditou - e acredita - que é possível fazer.
Chaves Barcellos
Estão em andamento obras de conservação da Pia Instituição Pedro Chaves Barcellos, o tradicional casarão erguido em 1923 nos altos do bairro Rio Branco, na Capital. O prédio, que sediou a mostra CasaCor em 2022, vai virar uma escola. A pintura das áreas externas e internas foi garantida com uma doação das Tintas Renner by PPG. O edifício é um patrimônio e merece ser preservado.
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