30 DE JANEIRO DE 2024
+ ECONOMIA
Entre computadores, versões e caso grave
A Polícia Federal esclareceu que o computador da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apreendido ontem não estava na casa de Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro, em Angra dos Reis. Essa informação havia sido apurada por meio de uma fonte extraoficial da PF e chegou a provocar comentários, inclusive da coluna, no site GZH. Como a checagem e a correção de dados é o que diferencia o jornalismo profissional, a coluna corrige e esclarece. Da casa de Angra, foram levados três notebooks e um celular.
O equipamento da agência foi encontrado na mesma operação, mas em outro endereço, na casa de Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército cedido à Abin na gestão de outro investigado, Alexandre Ramagem.
O fato de não ter sido encontrado um computador da Abin na casa de Angra dos Reis não significa que as suspeitas sobre o envolvimento de Carlos Bolsonaro sejam menores. A PF deixou claro que seu objetivo é comprovar se, como os indícios apontam, Carlos Bolsonaro, seus irmãos e seu pai eram beneficiários de uma operação ilegal, a espionagem de adversários e até de aliados do governo anterior.
Uma das evidências citadas pela PF é uma mensagem enviada por uma assessora do vereador carioca pedindo informações sobre um inquérito da Polícia Federal "envolvendo PR e 3 filhos", em referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus três filhos - Flávio, Eduardo e Carlos. O vereador não havia se manifestado até o fechamento desta coluna, mas seus irmãos, o senador Flávio (PL-RJ) e o deputado Eduardo (PL-SP) consideram "ilegal" a operação na casa da família. Segundo a PF, há indícios de que informações obtidas por meio de espionagem clandestina estavam sendo armazenadas em computadores que não eram conectados à internet.
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