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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
06 de fevereiro de 2012 | N° 16971
PAULO SANT’ANA
Os relapsos
Em medicina, no meu caso e no de muitos outros, inexistem perspectivas de cura.
Mas sobram conjecturas.
A grande maioria das pessoas que possuem celular não atendem os chamados. Usam seus aparelhos só para fazer ligações.
As únicas pessoas em POA que atendem sempre os chamados são os médicos Matias Kronfeld e Nédio Steffen e o empreendedor Gastão Wallauer. Sempre atendem, chegam a ser comoventes.
Os outros, quase todos, não atendem, causando-nos irritação cruciante. Há alguns que nitidamente percebem no visor que somos nós que estamos ligando para eles e não atendem. Ou porque não querem se livrar de seus encargos ou porque julgam pouco interessante atender-nos.
Existem uns que têm dois celulares. E incrivelmente não atendem nenhum deles. Não sei por que possuem dois, acho que pelo prazer sádico de não atenderem o dobro de pessoas.
Há um médico notável em Porto Alegre que não atende o celular. Pela tarde, ele usa a desculpa que está clinicando e não vai interromper as consultas, muito justo.
Mas e à noite e pela manhã, quando não atende consultas, por que não atende o celular? Não atende porque é de seu caráter não atender e maltratar os outros.
A desculpa que usam esses desatenciosos é de que, se forem atender todos os chamados, se tornarão escravos do celular e não terão tempo para mais nada.
Muito justo. Mas então que não tivessem celular, assim seriam homens inteiramente livres para fazerem o que bem entendessem.
Ter celular e não atender o celular é como ter mulher e não fazer amor com ela. Uma inutilidade. E um estorvo.
Há um técnico, casualmente chamado Santana, que há três dias não atende o celular e estou com um defeito bárbaro em meu televisor, por ele instalado. Não tem justificativa para essa desafeição, é uma violência.
Eu já ligo para os celulares dos outros tremendo de medo de não ser atendido. Quando se liga é porque se precisa e a necessidade é premente.
A maioria esmagadora de 85% das ligações que faço não é atendida, vai para o lixo, imaginem as complicações em que me metem.
Grande parte das ligações que tentamos fazer, os que as recebem percebem no visor de seus aparelhos que somos nós e os desligam, uma safadeza.
E grande parte desses relapsos só atende ligações que lhe interessa, sem perceber que as ligações que fazemos para eles é do nosso mais importante interesse.
Por outra parte, há os exemplos exatamente contrários: os que atendem sempre as ligações. O dr. Nédio Steffen chega ao cúmulo de atender suas ligações quando está operando, na sala de cirurgia. E se o momento da cirurgia é muito importante, decisivo, ele deixa o celular com uma auxiliar sua, que atende a ligação e encaminha para depois o atendimento.
Eu faço um apelo a quem tem celular para que atenda as ligações.
É uma brutalidade, é desumano não atendê-las.
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