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segunda-feira, 9 de maio de 2011
09 de maio de 2011 | N° 16695
PAULO SANT’ANA
Imortal tricolor!
Os deuses quiseram e executaram uma sinfonia tricolor em pleno Beira-Rio.
O meu herói da façanha poderia ser o Leandro. Foi ele quem desconcertou a máquina desengonçada de Falcão, pondo em polvorosa o sistema defensivo do Internacional.
Não dá para entender por que Renato tirou Leandro, quando ele era o autor da desintegração colorada diante do seu público e do seu estádio.
O meu herói da façanha de ontem poderia ser o Viçosa, autor de dois gols e do passe para Leandro no segundo.
Não sei de que cartola mágica estupenda Renato tirou Viçosa para consagrá-lo ontem nas Termópilas, meia dúzia de gremistas acuados por centenas de milhares de colorados no Beira-Rio, conseguindo arrancar do íngreme solo vermelho uma vitória milagrosa e inesquecível.
Os meus heróis da façanha histórica de ontem poderiam ser vários outros dos poucos gremistas autores do feito que deixou apalermada a torcida colorada.
Mas o meu grande herói de ontem é o Renato Portaluppi.
Não sei como ele conseguiu erguer para a vitória de ontem aquela escalação estranha que tinha Leandro e Viçosa na frente, dilacerando todos os ideais estratégicos de Paulo Roberto Falcão, bolados nos 15 anos que o técnico colorado serviu à RBS e à Globo.
O mito cambaleou.
Renato Portaluppi é o meu herói porque tira leite de pedra no Grêmio descascado de valores, porque está ensinando a nós, gaúchos, que um grande treinador pode equilibrar a escassez de recursos de que dispõe.
Renato armou um esquema que, notem bem, empalideceu completamente o grande e maior craque do futebol gaúcho: D’Alessandro, que não jogou absolutamente nada.
Renato é o meu herói porque não tem time nem para ser semifinalista da Libertadores, nem para ser campeão do Gauchão. E é quase campeão do Gauchão. Isso não é heroísmo?
Por essas coisas, por contar com um time insuficiente, por não contar com Victor nos três Gre-Nais decisivos, por ter de catar jogadores no departamento médico em todas as partidas, por enfrentar em três Gre-Nais um Internacional empanturrado de dinheiro e de jogadores de qualidade – e virar de uma hora para outra o favoritismo para o título, que até ontem era do Internacional indiscutivelmente, mas que agora passa a ser do Grêmio, é que eu tento explicar às vezes a pessoas incrédulas que não conseguem entender o significado profundo desta palavra: isto é que é ser IMORTAL!
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