Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
06 de janeiro de 2009
N° 15840 - LUÍS AUGUSTO FISCHER
Memórias de fatos
Terminei há uns tempos o belo livro Memórias de um Escritor de Província, com que Sérgio da Costa Franco brindou o leitor no ano recém-findo. Não sei se agora estará disponível para o público geral, porque parece que a primeira leva foi distribuída; se estiver, é uma das melhores recomendações para a leitura privilegiada das férias.
Conhecido do público de jornal, âmbito em que praticou a crônica política e a crônica geral, no antigo Correio do Povo e depois na Zero Hora, respeitado historiador, autor de alguns clássicos da área no Rio Grande do Sul, promotor público aposentado já há tempos, Sérgio da Costa Franco oferece neste livro um painel ao mesmo tempo vasto de sua vida e também da marcha das décadas entre 1930 e agora, e pontuado por pequenas inserções críticas de grande valia, com relatos minuciosos sobre momentos chaves de sua trajetória, que em parte são também os da vida de todo mundo.
Sendo o livro de uma vida, em mais de um sentido, é natural que dele se espere o painel variado que ele oferece; sendo memórias, também é esperável o amor pelo detalhe secundário.
Mas o que ressalta no conjunto é que ambas as dimensões vão se encontrando e desencontrando com bastante harmonia e oferecendo leitura prazerosa. Me ocorrem exemplos em passagens como no relato da golpe de 1964, que vai encontrar o autor como jovem promotor em Soledade, ou na decadência da Caldas Júnior, a outrora poderosa empresa de comunicação do Estado.
Para além de tudo, ficam algumas impressões fundas, que reparto com o leitor. Uma tem a ver com o temperamento forte do autor, que ainda por cima faz jus literal ao último sobrenome; lê-se o livro acompanhando a trajetória de uma personalidade que vale a pena conhecer.
A outra tem a ver com o título: o escritor se qualifica como “de província” e circunscreve assim a geografia do livro e o gosto pelas coisas do passado rio-grandense, assim como o comprazimento com o nível direto dos fatos, sempre longe das generalizações de tipo especulativo – mas o adjetivo em nada diminui o valor do que ali dentro vai contado, matéria farta para a consideração dos leitores presentes e futuros.
Aproveite o dia - Uma ótima terça-feira.
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