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terça-feira, 27 de janeiro de 2009
27 de janeiro de 2009
N° 15861 - PAULO SANT’ANA
A favor da compra do avião
Já escrevi duas colunas opinando contra a aquisição de um avião pelo Estado, para servir à governadora.
Na segunda coluna, afirmei que não conheço ninguém que seja a favor da compra desse avião.
Como me incomoda muito a ideia de cometer injustiça, dois leitores, pessoas articuladas, mandaram me dizer que são a favor da compra do avião.
Cumpro, assim, o dever ético de registrá-los.
O primeiro leitor que se mostra entusiasmado com a compra do avião é Sandra Silva (sandra.silva@brturbo.com.br), de Alegrete.
Ela diz o seguinte, entre outras coisas: “O avião não é para a governadora, como se diz na imprensa. O avião é para o Rio Grande do Sul. Dona Yeda é apenas uma passageira do avião e do tempo. Yeda parece ser uma mulher destemida, quase lembrando Anahy de las Misiones. Não nasceu neste solo ensanguentado por lutas e disputas políticas, mas que é uma chinoca brava, ah!, isto não dá pra negar.
Pois, pois, meu querido Pablo, não tenho filiação partidária com o PSDB, portanto sou isenta de paixões políticas. Mas acredito que seria oportuna a aquisição desse aeroplano. Do jeito que andam as economias, daria até para barganhar o preço do avião. E, afinal, chega desse baixo-astral no Rio Grande.
Em vez de falarmos em pobreza e crise, vamos falar em grandeza. É lei física, Pablo, que, milhares pensando além, distante ficará o aquém. Yeda pode ser teimosa, mas, se encasquetou de comprar o avião, é porque foi tomada de mediunidade feminina, que nunca erra. Pode dizer para a governadora que, se houver o plebiscito que Pablo sugere, além dos votos dela e dos pilotos, vai ter o meu. Sem medo de errar e arruinar o Rio Grande”.
O outro que apoia a compra do avião é Carlos Lageman, administrador de empresas e pós-graduado em Negócios Internacionais e Educação Executiva em Empreendedorismo pela Harvard Business School (carlos@lageman.com.br).
Ele afirma: “Sei que o que vou afirmar será motivo de chacota em muitas rodas, por outro lado, após a confirmação do que digo poderei deleitar-me sobre os corneteiros de plantão.
Os motivos que favoreceriam a compra do avião são pequenos detalhes que poderiam fazer a diferença em prol do desenvolvimento do Estado. Mesmo politicamente antipática, a ação de comprar o avião coloca os holofotes sobre a principal líder e demonstra fé em momento crítico (a crise). A governadora possui informações estratégicas privilegiadas, distantes do dia-a-dia. Exemplo: o RS tem a possibilidade de se tornar um grande fornecedor de energia limpa com o maior parque eólico do mundo.
O poder de persuasão é potencializado junto a Brasília, onde ocorrem os canetaços de vastos recursos federais, bem como junto a investidores de porte que venham visitar-nos para ver com os próprios olhos aquilo que nos enche de orgulho (o missivista deve ter concluído daí que o avião é essencial para fazer esta costura).
O avião não se trata de luxo, e sim de uma excelente ferramenta de trabalho, que ficaria disponível para o próximo governador eleito.
O investimento representaria valores pequenos no contexto dos números com que o Estado trabalha e se pagaria em muitas vezes com os resultados que iria gerar. Eu diria que, se a doutora Yeda der o passo certo, poderá ser tão grandiosa quanto Obama. Entendo, portanto, que a ação seria correta”.
Estão aí, portanto, duas opiniões a favor da compra do avião, alicerçadas no otimismo. Querem que a governadora voe alto para enfrentar a crise.
Respeitáveis.
Para reforçar a coluna de ontem, surgiram à tarde novos números atordoantes de demissões: as 12 maiores montadoras do Japão anunciaram ontem o corte de 25 mil empregos; a Caterpillar, fabricante de maquinário agrícola, anunciou o corte de 20 mil empregos; a gigante holandesa da eletrônica Philips vai demitir 6 mil; o grupo holandês de bancos e seguros ING vai desligar 7 mil funcionários.
E, no Brasil, a Federação das Indústrias de São Paulo anunciou que em dezembro foram fechados 130 mil postos de trabalho.
Credo! Valha-nos, Deus!
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