Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
19 de janeiro de 2009
N° 15853 - LIBERATO VIEIRA DA CUNHA
História sem preço
Nossa história não tem preço. Sua restauração, sim.
Leio essas duas breves frases num anúncio do caderno Cultura, de ZH, e não apenas me dou conta de sua profunda verdade, como sou revisitado por uma imagem que conheço desde 1951, o ano da graça em que, menino, vim morar em Porto Alegre. É que o reclame vem ilustrado por uma foto da Faculdade de Medicina da UFRGS, datada da mesma época, segundo se observa pelos modelos dos carros e pelos trajes das raparigas em flor.
Sempre tive uma secreta admiração pelo prédio da Medicina. Porto Alegre é dotada de belos edifícios antigos, mas nenhum outro com aquela arquitetura em arco que nos transporta a Paris ou, no mínimo, a Buenos Aires.
Ali pontificaram grandes mestres das ciências do corpo e da mente, ali celebrou-se, se não me falha a desmemória, o congresso de municípios que levou à grande aliança da Revolução de 30.
E recordo especialmente que a instituição é tema de uma das mais inspiradoras crônicas de Rubem Braga, do tempo em que ele se refugiou na mui leal e valorosa, abrigado de azares românticos e políticos.
Como estudante, eu era vizinho da Medicina. Frequentava a Faculdade de Direito, cuja sede, cópia de um palácio europeu, pouco ficava a dever à da ilustre lindeira. Se havia aliás um espaço que merecia o diploma de Campus do Centro é o formado pelas duas e por outras escolas das redondezas, dentre as quais as de Filosofia, Engenharia e Arquitetura.
Sábados à noite era uma parada difícil decidir qual delas oferecia a melhor reunião dançante, embora aí eu seja forçado, por gentilíssimas lembranças, a me inclinar pelo Direito. Os subterrâneos do Centro Acadêmico André da Rocha costumavam ser imbatíveis.
Hoje quase não há mais reuniões dançantes. As pistas no entanto continuam lá, à espera de serem redescobertas. Razão a mais para que sejam restaurados os prédios e voltem a revestir-se de seu antigo esplendor.
A UFRGS espalhou-se por distantes paragens. Seu coração, contudo, continua pulsando no lugar e no ritmo em que toda uma geração conheceu o melhor de sua juventude.
Ótima segunda-feira e uma excelente semana especialmente para você.
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