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domingo, 18 de janeiro de 2009
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
Estrangeiros fazem aula de "jeitinho" para se adaptar ao país
Treinamento ensina "expatriados" a lidar com a informalidade do brasileiro; pesquisa mostra que Brasil é o quarto pior país do mundo para adaptação
Quando se mudou para o Brasil a trabalho há três anos, a moscovita Marina Nasedkina, 32, não imaginava que a maior dificuldade que encontraria no país seria os brasileiros. Casada com um àquela época, não sabia, como russa que é, que teria de mudar o jeito de ser para se adaptar à vida de estrangeira.
"Na minha terra temos um estilo muito direto. No Brasil as pessoas têm ouvido de cristal." Marina explica: "É falar a verdade na cara. Ofendi e magoei os brasileiros sem saber. As pessoas diziam que eu era mal-educada, tive de mudar".
Para que outros estrangeiros entendam a malandragem e o "jeitinho brasileiro", uma consultora, formada e com mestrado em relações internacionais, dá aulas e treinamento para que esses "expatriados", como ela diz, aprendam a viver em São Paulo e consigam se adaptar ao Brasil e aos brasileiros.
Uma pesquisa da GMAC Global Relocation Services com executivos "expatriados" em 110 países revela que o Brasil é o quarto pior país do mundo para adaptação, atrás apenas de China, Índia e Rússia.
"O primeiro problema é entendimento da informalidade. Isso é muito difícil para o estrangeiro entender", afirma Mariana Barros, 28.
Com 600 "alunos" treinados nos últimos anos -cada um ao custo que varia de R$ 1.000 a R$ 10 mil-, a "professora" Mariana faz um intensivo de dois ou três dias de aulas de história, geografia e cultura brasileira.
Depois, a turma vai às ruas para aprender a andar de ônibus e de metrô, por exemplo. Saem da Sé, passam pelo mercadão, sobem o Terraço Itália, vão à avenida Paulista, à rua Oscar Freire e acabam na Daslu e no shopping Cidade Jardim.
Para o equatoriano Gustavo Diaz, 29, que fez aulas com Mariana, o trânsito e a violência foram os dois maiores problemas. "Tenho o dobro de cuidado que nas outras cidades."
Para a americana Tracy Harrison Peixoto, 39, autora de um guia de São Paulo para estrangeiros, a falta de comprometimento dos brasileiros nas maneiras é uma das primeiras lições a ser aprendida.
"O "jeitinho" é uma coisa que só funciona aqui", diz Tracy, casada com um brasileiro.
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