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sábado, 3 de janeiro de 2009
03 de janeiro de 2009
N° 15837 - A CENA MÉDICA | MOACYR SCLIAR
Repelir o mosquito (não o bom senso
Verão é época de viagens e época de dengue. Isto significa que, nos próximos meses, muitas pessoas estarão em áreas onde a picada pelo mosquito transmissor do vírus, o Aedes aegypti, é um risco real. E a questão é: como se proteger desse risco?
Para isto, é preciso, em primeiro lugar, considerar os hábitos do Aedes. Diferente do mosquito que transmite a malária, é um inseto diurno, que pode ser encontrado nas habitações. Daí as providências que se devem adotar: uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas, uso de repelentes.
Repelente: eis um tema que merece consideração especial. Existem algumas substâncias vegetais consideradas repelentes naturais, mas, por causa da dificuldade de encontrá-las, as pessoas acabam usando os produtos comprados em farmácia.
A maioria destes tem em sua fórmula o DEET (atenção: não é DDT), abreviatura de dietil-meta-toluamida e também do dietil-metilbenzamida. Não é coisa nova: a substância foi desenvolvida pelo exército americano (que não produz só invasões) em 1946 e liberada para uso geral em 1957.
Nos Estados Unidos são mais de 230 formulações registradas na Agência de Proteção Ambiental. O uso do DEET é recomendado pelo respeitável Centro de Controle de Doenças (CDC) norte-americano. Pergunta: é seguro?
Há um risco claro: a ingestão da substância. Pode causar baixa da pressão arterial e convulsões. É claro que a ingestão é acidental, mas daí já resulta uma regra: deve-se manter o produto longe das crianças.
Os pais devem aplicar nos filhos pequenos, cuidando para não colocar o produto nas palmas das mãos deles. Crianças têm se mostrado mais sensíveis aos efeitos neurotóxicos do DEET que os adultos e têm maior risco de convulsões, embora o número de casos até hoje registrado seja relativamente pequeno.
De qualquer forma, emerge daí uma determinação do Ministério da Saúde: não se deve aplicar repelentes com DEET em crianças menores de dois anos. Em crianças de dois a 12 anos as aplicações não devem exceder três ao dia, dando-se preferência a produtos que tenham menor concentração de DEET (menos de 10%).
Estudos mostraram que formulações com baixas concentrações de DEET são tão efetivas quanto aquelas com concentrações maiores. Deve-se aplicar nas áreas expostas (dorso das mãos, pescoço, rosto, nuca), mas não em lugares com lesão de pele. Evitar o contato com os olhos, boca e narinas; e, depois do uso, lavar as mãos com água e sabão.
Mas tudo isto é proteção individual. Para acabar com o mosquito, é preciso um esforço coletivo, no sentido de evitar a formação de focos. É uma boa medida de defesa da saúde. E tem um benefício: nos torna mais conscientes do risco representado por um meio ambiente negligenciado.
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