18 DE MAIO DE 2022
+ ECONOMIA
Yakecan: é preciso ouvir o som do céu
A tempestade subtropical Yakecan, que significa "som do céu" em tupi-guarani, precisa ser ouvida. Não é só por boniteza que as grandes empresas estão adotando programas para reduzir emissões, reciclar e, principalmente, reaproveitar o lixo. É por precisão. Sim, a coluna se repete, mas, enquanto todos não entenderem, será preciso insistir: o que vemos lá fora é a melhor tradução prática da mudança climática: aumento da frequência e da intensidade de tempestades.
A essa altura, nossa memória de sustos já coleciona o "furacão" Catarina de 2004, a microexplosão de 2016, o ciclone-bomba de 2020. Há muitos outros casos, mas não é necessário ir além desses três para compreender o aumento de frequência e de intensidade. Chove, venta e há raios desde que o mundo é mundo? Diz-se que sim, mas não com tamanha violência, nem com tantos estragos.
Esse é o ponto para o qual convergem clima e economia. Se não prestarmos atenção em um, vamos pagar a conta no outro, e vice-versa. A tempestade vai deixar uma conta: necessidade de reparos, aulas, reuniões, visitas e eventos suspensos ou cancelados. Elevará os custos de famílias e empresas em um período em que já estão em nível difícil de suportar.
Mas esse custo vai só aumentar se não ouvirmos Yakecan: é um alerta para o impacto do clima na economia e vice-versa. A economia também impõe um custo ao clima. O que empresas mais informadas já buscam é reduzir as duas contas: atuar com prevenção aos efeitos da mudança climática e agir com rapidez para atenuar seu impacto ambiental, reduzindo emissões, reciclando e reusando.
O climatologista Carlos Nobre, que advertiu que o Guaíba pode virar mar em milhares de anos se a humanidade não corrigir seu rumo, acaba de ser admitido como membro estrangeiro da Royal Society, academia de ciências mais antiga em atividade no mundo - foi criada em 1660. É o único brasileiro aceito, além de Dom Pedro II. Ele ajuda a traduzir o som do céu.
Nova Leroy
Com a pista extra da Avenida Padre Cacique em frente ao Pontal Shopping já em operação, foi definida a data de abertura da primeira loja a funcionar no local. A Leroy Merlin abre suas portas no Pontal do dia 26, quinta-feira da próxima semana. O letreiro da loja já está instalado.
Será a segunda unidade da rede focada em casa, construção e decoração em Porto Alegre. Por alguns meses, será a única operação a funcionar no Pontal.
Conforme havia dito à coluna Ricardo Jornada, diretor corporativo da SVB Par, controladora do Pontal, em junho deve ocorrer a tradicional "festa dos capacetes", quando as lojas são entregues a seus ocupantes para que prepararem a abertura das portas aos clientes. Por isso, a previsão de inauguração do shopping é para novembro, pouco antes do Natal.
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