Código-Mãe (Editora Planeta do Brasil, 288 páginas, R$ 42,00, tradução de Marcia Blasques), da bioquímica e escritora norte-americana Carole Stivers, em síntese, é um romance que explora o que nos torna humanos e as tênues fronteiras entre nós e as máquinas que criamos. Carole tem PhD em bioquímica pela Universidade de Illinois e pós-doutorado pela Universidade de Stanford. Atuou na área de medicina diagnóstica e hoje, através da escrita, mescla suas paixões pela ciência e por divulgá-la.
Em seu romance de estréia, a autora apresenta um cenário devastador do ano de 2049. O governo de uma grande nação mundial decide disparar uma arma bioquímica capaz de matar terroristas mesmo dentro dos mais inacessíveis esconderijos. Todavia, nem tudo sai conforme os planos militares, e uma pandemia mortal se espalha pelo planeta. O destino parece certo: a total aniquilação da humanidade. E isso parece que acontecerá rapidamente.
Como um último recurso para garantir a sobrevivência da espécie humana, cientistas e engenheiros se juntam para criar as Mães. São enormes robôs construídos para gerar em seus ventres crianças imunes ao agente mortal. Um código especial permitiria, além disso, que cada robô fosse único, singular, desempenhando o verdadeiro papel de mãe da criança sob sua responsabilidade.
Anos depois, chega o momento de reunir as crianças sobreviventes. Mas, à medida que elas atingem a idade programada, suas Mães também se transformam - de maneiras imprevisíveis e aparentemente perigosas. Agora, cada uma dessas crianças deverá fazer uma escolha difícil: quebrar o vínculo partilhado com suas mães robóticas ou lutar com todas as forças para salvá-las?
Como se vê, esse romance que mescla habilmente ciência com ficção nos leva a pensar sobre essa relação intensa entre pessoas e máquinas, que vem sendo examinada há algumas décadas e que nos traz a velha pergunta: por acaso seremos máquinas?
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