Produtividade acima da expectativa inicial
Mesmo em lavouras que habitualmente figuram entre as mais produtivas do Estado, o resultado inicial da safra deste ano tem surpreendido positivamente. Administrando em torno de 9 mil hectares de soja em nove fazendas em Cruz Alta, no Noroeste, Maurício de Bortoli lembra que a semeadura foi conturbada, devido ao clima adverso na primavera, o que trouxe incertezas sobre o potencial produtivo. No entanto, após colher as primeiras áreas no início, as dúvidas ficaram para trás.
- As primeiras lavouras que colhemos estão com produtividade em torno de 10% maior do que a da última safra boa que tivemos, que foi a de 2019, e até 50% maior do que a da safra passada, quando tivemos a estiagem - compara Bortoli, produtor duas vezes campeão do Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), uma em área irrigada e outra em sequeiro, e que neste ano vai em busca do terceiro título.
Diretor da Sementes Aurora, Bortoli destina a maior parte da produção à elaboração de sementes. Por isso, tem mais de 30 cultivares de soja em suas lavouras. Desta maneira, a produtividade média tende a oscilar até o final da colheita. Ainda assim, o sojicultor aponta que é possível que a empresa registre seu melhor desempenho neste ano, com produtividade média na faixa de 75 sacas por hectare.
- Minha lavoura este ano é boa. Acredito que vou quebrar o recorde da história de nossa empresa, que foi de 73 sacas por hectare, na safra 2018/2019 - aponta.
Com forte investimento em tecnologia, Bortoli salienta que o segredo da alta produtividade é ter uma visão de longo prazo. O sojicultor ressalta que a criação de um sistema de produção eficiente leva anos e está atrelada a aspectos como qualidade do solo e de sementes e o manejo adequado na área plantada.
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