PAC 3 deve prever duplicação da BR-290
Simbólica pela recomposição ou fortalecimento dos laços do governo do presidente Lula com o empresariado do Rio Grande do Sul, a visita do vice-presidente Geraldo Alckmin a Passo Fundo e Porto Alegre resultou em compromissos concretos com o Estado. Em entrevista ao Grupo RBS, Alckmin confirmou o que havia sido antecipado mais cedo pelo ministro Paulo Pimenta no Gaúcha Atualidade: o PAC 3 (Programa de Aceleração do Crescimento), a ser anunciado na próxima sexta-feira, vem forte em projetos de investimentos em logística. A duplicação da BR-290 (trecho Eldorado do Sul-Pantano Grande) deve entrar na lista de prioridades, já que foi a obra mais votada pelo Rio Grande do Sul no Plano Plurianual.
Ressalvando que não queria dar spoiler, Pimenta praticamente confirmou que não só essa obra essencial para o desenvolvimento do Estado estará no PAC, mas a conclusão das melhorias na BR-116 no Vale do Sinos, para acabar com o gargalo que provoca congestionamentos diários. A conclusão da BR-116 Sul também está assegurada.
Iniciada no governo de Dilma Rousseff, a obra na BR-290 ficou praticamente parada nos quatro anos do governo de Jair Bolsonaro. Somente o viaduto de acesso a Charqueadas foi concluído. A ideia do governo era conceder à iniciativa privada um conjunto de rodovias da Metade Sul, incluindo a BR-290 e a 116. Nesse pacote estaria a conclusão da nova ponte do Guaíba, inaugurada por Jair Bolsonaro sem que todas as alças de acesso estivessem prontas.
Pimenta disse que a BR-290 será duplicada com recursos públicos e que não há previsão de transferência para a iniciativa privada. De passagem, citou o contorno de Santa Maria entre as obras prioritárias. No caso da ponte, disse que a ideia é resolver o problema da realocação das famílias, trabalhando em conjunto com a prefeitura, para então concluir as alças de acesso.
Na entrevista que deu no final da tarde, na sede do Grupo RBS, Alckmin reforçou a necessidade de investimentos em logística para destravar o crescimento do Brasil. Lembrou que não serão apenas investimentos com dinheiro público, mas também parcerias público-privadas (PPPs).
Na visita ao Rio Grande do Sul, chamaram atenção os discursos afinados de Alckmin e Pimenta, que em nada lembram o tempo em que o então governador de São Paulo era do PSDB e o PT o tratava como inimigo. Os dois tocam de ouvido quando o assunto é o PAC 3.
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