sábado, 5 de agosto de 2023


05 DE AGOSTO DE 2023
ÁREA RURAL

Programa deve levar luz a 500 mil pessoas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva relançou na sexta-feira o programa Luz para Todos, que visa garantir o fornecimento de energia elétrica a residentes da área rural, em especial do norte do país e de regiões remotas da Amazônia Legal. A expectativa do governo é beneficiar 500 mil famílias até 2026.

O foco na Amazônia se justifica por ser a região com o maior percentual de domicílios sem acesso a energia elétrica, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As maiores demandas estão nos Estados do Acre (1,7% da população sem luz), Amazonas (1,2%) e Pará (0,9%). O ato ocorreu a poucos dias da Cúpula da Amazônia, em Belém, que reunirá os presidentes dos oitos países amazônicos para discutir uma política conjunta de desenvolvimento sustentável para a região.

- Só é contra o Luz para Todos quem não sabe o que é trabalhar com candeeiro, quem não sentiu a fumaça do querosene no nosso nariz. Quem gosta disso pode ser alguém que venda óleo diesel, mas o povo quer luz - disse o presidente no ato, que ocorreu na cidade de Parintins, no Amazonas.

Segundo o governo, desde o lançamento do programa, em 2003, mais de 3,6 milhões de famílias foram atendidas com acesso ao serviço público de distribuição de energia elétrica.

- São 500 mil pessoas ainda a saírem da pobreza energética. Até 2026 nós queremos eliminar completamente a questão do acesso à energia. Aí, sim, partiremos para outros desafios, por exemplo, como readequarmos e levarmos energia mais barata a essas populações - afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Interligação

Na ocasião, também foi inaugurada a interligação de Parintins e Itacoatiara, no Amazonas, e Juruti, no Pará, ao Sistema Interligado Nacional (SIN), conhecida como Linhão de Tucuruí. O presidente assinou também a ordem de serviço para as obras do Linhão Manaus-Boa Vista, que interligará Roraima ao SIN. Serão investidos R$ 2,6 bilhões nas obras, com previsão de serem concluídas em setembro de 2025.

Roraima é o único Estado isolado do sistema nacional. Os moradores de Boa Vista e cidades próximas dependem de usinas termelétricas movidas a óleo diesel, gás natural, biomassa e uma pequena central hidrelétrica.

A interligação dos municípios ao SIN marca o lançamento do programa Energias da Amazônia, que tem previsão de cerca de R$ 5 bilhões em investimentos para a substituição de termelétricas e descarbonização da matriz energética. Atualmente, a região amazônica conta com 211 sistemas isolados.

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