22 de junho de 2015 | N° 18202
OLHAR GLOBAL | Luiz Antônio Araujo
Dilma e o futuro da Venezuela
Venezuela e Cuba, nessa ordem, farão parte da pauta de política
externa dos presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama no próximo domingo,
quando os dois se encontrarão em Washington. A visita, prevista desde o início
do primeiro mandato de Dilma, foi cancelada em 2013 em razão da revelação de
que o governo americano bisbilhotara ligações telefônicas de ministros e
executivos da Petrobras.
O episódio de 2013 não impediu cooperação em temas
continentais. É notável que o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela,
Diosdado Cabello, segundo homem mais poderoso do chavismo depois do presidente
Nicolás Maduro, tenha passado por Brasília e São Paulo antes de se encontrar,
no dia 13, no Haiti, com o conselheiro do Departamento de Estado dos EUA Thomas
Shannon.
Na capital paulista, Cabello reuniu-se com o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. Antes de ser alçado à posição atual, Shannon foi
embaixador em Brasília de 2009 a
2013. E o que esteve em discussão em todos esses encontros foi justamente o
futuro da Venezuela – um futuro pós-Maduro, mas não necessariamente pós-chavista,
pelo menos por enquanto.
Enquanto isso, no Senado brasileiro, um grupo de
parlamentares tenta atrair holofotes com um bate-volta a Caracas. Um deles, aliás,
chama-se justamente Sérgio Petecão.
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