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sábado, 4 de fevereiro de 2012
05 de fevereiro de 2012 | N° 16970
UMA GRANDE ATRIZ
Ela é um amor
No ar como a amarga Eva, de “A Vida da Gente”, Ana Beatriz Nogueira não se importa com o rótulo de vilã e diz que adora suas personagens com um “desviozinho de caráter”É no pacote de suspiro diet, guardado no armário de casa, que Ana Beatriz Nogueira pensa quando termina, exausta, mais uma de suas cenas em A Vida da Gente.
Se as duras palavras e as dissimulações de Eva são capazes de embrulhar o estômago do telespectador mais sensível, não alteram em nada a rotina de prazer da atriz.
– No ritual de tirar toda a maquiagem e me preparar para dormir, as emoções fortes e as imagens perturbadoras ficam para trás. Eva não é um encosto que carrego comigo, de jeito nenhum! – brinca Ana Beatriz.
O bom humor da atriz, que pontua suas frases com um sorrisão contagiante, chega a surpreender quem está acostumado à figura sóbria e pesada de Eva. Mas Ana vê pontos positivos na personagem e sai em sua defesa:
– Ela não é dura do início ao fim. Muitas vezes, é até engraçada, doce... Há quem a aponte como vilã. Mais do que isso, Eva é solitária e obcecada pela filha. Esse amor desmedido é seu maior problema. Intragável é a Vitória (Gisele Fróes)! Aquela sim é uma antipática de carteirinha!
Nas ruas, o público só faz confirmar o gosto pela malvada das seis:
– Outro dia, escutei uma frase ótima de um rapaz: “Adoro odiar a Eva!”. Não é elogio dos mais originais?
Em 25 anos de carreira, a atriz encara mais um papel de antagonista. E foram tantas as personagens descompensadas na TV, que Ana Beatriz curte sentir o gostinho da bondade de vez em quando:
– Adoro essas com um desviozinho de caráter, é claro, mas devo confessar que amei ser boazinha em Insensato Coração (no ano passado, na novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, ela viveu Clarisse Cortez, mulher traída e mãe zelosa que sofreu um acidente fatal de carro). Como fiz muito “171” na TV, não me lembrava dessa experiência de as pessoas passarem por mim e gritarem “Linda! Querida! Te adoro! Beijo!” Ficava sentada na Visconde de Pirajá (rua de Ipanema, no Rio), comendo pão de queijo e ouvindo isso aos montes. É melhor que terapia para o ego!
Assim como as mocinhas, a atriz conta nos dedos as figuras do povo que preenchem seu currículo profissional:
– As pessoas costumam dizer que tenho cara de chique, né? Mas adoraria fazer uma lavadeira, uma mulher de lenço na cabeça. Das boazinhas e humildes, lembro da sem-terra Jacira de O Rei do Gado (1996), da religiosa Fátima de As Noivas de Copacabana (1992)... (pausa)... Gente, preciso lembrar de mais! Não tem, né? (risos)
Para quem pensa que o universo popular está a anos-luz de distância da realidade da atriz, um aviso:
– Me bota numa roda de pagode pra você ver. É uma transformação súbita! Adoro dançar um sambinha sincopado junto. Já frequentei muita gafieira.
Sobre alcançar o posto de protagonista na TV, Ana Beatriz é enfática:
– Nunca quis ser a grande, a principal, a exclusiva, a sei lá o quê... Na minha faixa da novela, considero Eva uma protagonista, por exemplo. Já ouvi: “Finalmente escreveram um papel à sua altura!”. Por quê? As outras não estavam? O papel pode ser enorme e sem graça, entende? Se quiserem me dar oficialmente a protagonista, ótimo! Mas isso não é determinante para mim, definitivamente.
À parte os debates de Eva ser ou não protagonista, vilã ou psicopata, certo é que, em A Vida da Gente, Ana Beatriz Nogueira é destaque ao exercitar uma faceta até então desconhecida por ela na vida real. Aos 44 anos, ela ainda não é mãe.
– Não fiz nada para que acontecesse, mas também não evitei a maternidade. A verdade é que nunca foi um sonho meu ser mãe. Acabei sendo mãe de outras formas: cuidando de um amigo, de um familiar, de alguém mais velho... Sou uma pessoa maternal!
Que o diga o ator Marcelo Serrado. O intérprete do Crô de Fina Estampa já gozou do colo maternal desta que ele chama de “prima”.
– Os pais dele são meus padrinhos de batismo. Só que a gente sempre se tratou como primo. Mais do que isso. Marcelo é um irmão, um grande amigo. Já moramos juntos, por razões financeiras e sentimentais, um segurando a barra do outro. É um carinho imenso! – conta a atriz, com um olhar terno.
Marcelo retribui:
– Ana é como uma irmã para mim, está presente na minha vida em todos os momentos. Vê-la brilhar na TV só me deixa feliz.
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