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quarta-feira, 7 de outubro de 2009
07 de outubro de 2009 | N° 16117
PAULO SANT’ANA
Uma ajuda cristã
Quando morreu pelas balas assassinas na Rua Ramiro Barcelos, há quase um ano, o médico Marco Antônio Becker, que era ex-presidente do Cremers, tinha sido encarregado por um pedido meu: que salvasse a vida da menina Franciele Cunha Brandão, residente à Rua Fernando Abott, 715, POA.
Por ser oftalmologista, procurei-o para salvar o último olho da menina, que desde a nascença possuía glaucoma nas duas vistas e já perdera um olho pela doença, restando-lhe apenas o outro.
Becker deparara com o problema de que não há médico nem equipamento para salvar o olho dessa menina em Porto Alegre, é quase certo que um destacado oftalmologista de Goiânia, que também atende em Brasília, muito conhecido no meio médico, pode tratar da doença que está levando a menina fatalmente à cegueira. Fatal e lentamente.
Becker foi assassinado, até hoje não se descobriu nem quem o matou nem quem mandou matá-lo, e uma outra vida está se perdendo: a da menina caolha que está ficando cega.
Becker conhecia o médico de Goiânia que parece ser a derradeira salvação. Não é Dr. Joaquim Xavier, amigo de Becker, que por minhas instâncias também se interessou à época pela questão dramática?
Ocorre que a menina está ficando cega aos poucos e ninguém mais tomou providências. Ao SUS parece que não adianta apelar: os brasileiros ficam cegos, ficam aleijados, ficam mudos, ficam surdos, ficam mutilados, e o SUS a tudo assiste olimpicamente.
Vem a calhar o advérbio “olimpicamente”. Enquanto vão realizar uma Olimpíada que custa centenas de bilhões de reais, o SUS assiste olimpicamente aos brasileiros morrerem nas filas de cirurgias e consultas que ele erigiu.
Pois bem, num gesto de desespero e impotência, mas baseado numa humilde esperança, apelo ao Cremers, ao Sindicato Médico, à Amrigs, para que unam esforços para salvar essa menina da cegueira, acho que ainda dá tempo.
Se ainda assim não atenderam a meu apelo, consulto as entidades empresariais, os empresários individualmente, se poderiam pagar uma quantia que posso chamar de pequena para levar essa menina a Goiânia e talvez operá-la, salvando seu olho e salvando a mocinha da cegueira.
Se ainda assim não for atendido, por maçante e desconfortável, meu apelo, conclamo o Rotary e o Lyons a estenderem suas mãos a essa pequena sofredora, cujos pais assistem cruentamente à visão da filha indo embora aos poucos.
O que estava a meu alcance fazer, estou fazendo nesta coluna.
Deus não mandou ninguém fazer, mandou tentar. E eu estou tentando fazer e torcendo para que me acorde a partir de hoje cedo com a notícia de que alguém providenciou em socorro à menina.
A governadora Yeda Crusius bem que podia, por intermédio talvez do SUS ou de outra entidade pública ligada à Saúde, intentar um amparo a essa menina. Eu ficaria imensamente grato se todos os que citei, ou melhor, que algum entre os nomes citados estendesse a mão à menina e a ajudasse a ter fé e esperança na cura, com as bênçãos do Senhor e da Virgem Santíssima.
Por sinal, o secretário da Saúde estadual, Dr. Osmar Terra, se esse caso for parar em sua mesa, tenho a certeza de que será resolvido por sua proverbial sensibilidade humana e social.
Obrigado a todos. Deus lhes pague!
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