sábado, 31 de outubro de 2009



01 de novembro de 2009
N° 16142 - VERISSIMO


Se

Se os portugueses tivessem sido postos a correr ou a nadar, no caso naquele 22 de abril, como seria o Brasil, hoje? A maioria da população seria de índios, e os descendentes dos poucos brancos que se animassem a vir depois do vexame português habitariam em terras demarcadas, em extremos remotos do país.

Nas reuniões de presidentes do Mercosul o brasileiro seria o único nu. Haveria vantagens e desvantagens em viver numa Pindorama: para começar pelo mais grave, nem você nem eu existiríamos. Devo ter sangue de índio, se a cara de alguns antepassados não estava mentindo, mas o resto é um coquetel do que veio: português, negro, alemão, italiano. Se existisse, eu estaria numa reserva.

Como seria se os holandeses tivessem derrotado os portugueses e colonizado todo o Brasil?

Para começar, nossos padrões de beleza seriam completamente outros. Em vez de morenas, nossas mulheres seriam loiras de cabelo escorrido, e a brasileira mais conhecida no mundo seria alguma longilínea do tipo nórdico, chamada Gisele ou coisa parecida. Nem dá para imaginar.

Como seria se os franceses tivessem conseguido consolidar a sua civilização subequatorial por aqui? Sei não, talvez a comida não melhorasse tanto assim – também come-se mal na França, e vá encontrar uma boa feijoada com couve e torresmo –, mas quem nos assegura que hoje não teríamos uma Carla Bruni no Alvorada, congressistas que ficassem em seus lugares em vez de se aglomerarem na frente da mesa, na Câmara, um serviço público muito melhor e pelo menos mais quatro feriados nacionais (Dia da Bastilha, Dia do Armistício de 18, Dia do Armistício de 45, Dia do Queijo Fedorento etc.) por ano? Talvez fôssemos corruptos do mesmo jeito, já que deve ser alguma coisa na água. Mas as conversas grampeadas seriam em francês! Quer dizer, uma coisa de outro nível.

As aventuras da família Brasil

SE os portugueses tivessem sido postos a correr ou a nadar, no caso naquele 22 de abril, como seria o Brasil, hoje? A maioria da população seria de índios, e os descendentes dos poucos brancos que se animassem a vir depois do vexame português habitariam em terras demarcadas, em extremos remotos do país.

Nas reuniões de presidentes do Mercosul o brasileiro seria o único nu. Haveria vantagens e desvantagens em viver numa Pindorama: para começar pelo mais grave, nem você nem eu existiríamos. Devo ter sangue de índio, se a cara de alguns antepassados não estava mentindo, mas o resto é um coquetel do que veio: português, negro, alemão, italiano. Se existisse, eu estaria numa reserva.

Como seria se os holandeses tivessem derrotado os portugueses e colonizado todo o Brasil?

Para começar, nossos padrões de beleza seriam completamente outros. Em vez de morenas, nossas mulheres seriam loiras de cabelo escorrido, e a brasileira mais conhecida no mundo seria alguma longilínea do tipo nórdico, chamada Gisele ou coisa parecida. Nem dá para imaginar.

Como seria se os franceses tivessem conseguido consolidar a sua civilização subequatorial por aqui? Sei não, talvez a comida não melhorasse tanto assim – também come-se mal na França, e vá encontrar uma boa feijoada com couve e torresmo –, mas quem nos assegura que hoje não teríamos uma Carla Bruni no Alvorada, congressistas que ficassem em seus lugares em vez de se aglomerarem na frente da mesa, na Câmara, um serviço público muito melhor e pelo menos mais quatro feriados nacionais (Dia da Bastilha, Dia do Armistício de 18, Dia do Armistício de 45,

Dia do Queijo Fedorento etc.) por ano? Talvez fôssemos corruptos do mesmo jeito, já que deve ser alguma coisa na água. Mas as conversas grampeadas seriam em francês! Quer dizer, uma coisa de outro nível.

Como seria se os holandeses tivessem derrotado Portugal e colonizado todo o Brasil?

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