Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sábado, 3 de outubro de 2009
03 de outubro de 2009 | N° 16113
NILSON SOUZA
O profeta Gentileza
Já estava com meu texto pronto para esta crônica semanal quando li no blog da colega Rosane Tremea (Recortes de Viagem, em zerohora.com) um relato tão bonito e sensível, que pedi sua permissão para reproduzi-lo para os leitores de nossa edição impressa e para quem me acompanha pela internet. Sob o título “Gentileza na cidade”, ela contou como foi o seu sábado em Porto Alegre – e iluminou a semana dos seus leitores. Espero que os meus também façam bom proveito da mensagem:
Pode ser o espírito desarmado do sábado de folga e de sol. Ou pode ser simplesmente nossa desatenção diante do que é simples. E bonito. E importante. No sábado de folga e de sol, o Profeta Gentileza parecia ter baixado na cidade.
Sorria a ascensorista da Casa de Cultura Mario Quintana. Sorria a gerente do restaurante que lamentava não haver lugar para quem não havia feito reserva. Sorria a garçonete que sugeria mudar a sobremesa, por que aquela demorava muito, e hoje todos têm pressa.
Sorria a moça detrás do balcão da loja de R$ 1,99, que vendia flores de plástico como se fossem orquídeas raras. E tinha o cabelo bonito, mechado e bem cuidado. E maquiagem leve e de bom gosto. E, por trás do balcão, sentava numa cadeira de rodas, as mãos retorcidas por uma doença que não ousamos perguntar qual era. E a gentileza não diminuiu após nosso olhar de surpresa, não de piedade.
O sábado não parecia prenunciar o domingo de vento e chuva e destruição. O sábado era de sol, de primavera. O sábado era de gentileza em todo lugar. Por que o mundo não é cor-de-rosa, todos sabemos, mas pode ser bem melhor.
Na igreja, no sábado de sol, a gentileza com a curiosidade das passantes que queriam saber o porquê de todas aquelas flores, e frutas, e símbolos, todos diferentes.
Era o Festival das Flores, uma tradição surgida no século 19 nas igrejas anglicanas da Inglaterra e da Escócia, celebrando nas áreas rurais o início da primavera.
Uma tradição seguida hoje nas igrejas anglicanas do mundo todo, incluindo as de Porto Alegre, como na Catedral da Santíssima Trindade, na Rua da Praia. A explicação toda veio com paciência e gentileza. E rendeu, como sempre, fotos.
E pra encerrar este post, escrito simplesmente num dia em que a gentileza estava no ar, e pra começar a semana, um trecho de um poema do profeta Gentileza:
“Esse dia lindo,
essa luz que está em cima de nós, a nossa vida,
ou seja, vem do mundo, é de graça,
é Deus nosso Pai que dá.”
Boa semana.
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