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domingo, 5 de julho de 2009
Caderno de Empregos - ZH 05/05/2009
Quando o amor surge no trabalho
Discrição nunca é demais e evita falatório entre os colegas – e não prejudica a carreira de ninguémSe no trabalho é onde se passa muitas horas do dia – algumas vezes até mesmo mais do que em casa – e é onde dividimos experiências e compartilhamos atividades, não é raro que seja o palco para se deparar com um novo relacionando.
Namoro no ambiente profissional, porém, requer ainda mais cuidado do que um relacionamento usual, já que qualquer descuido pode ser motivo de desconforto na empresa, para ambos, ou até causa de demissão.
Manter a discrição é a orientação para os casais que trabalham juntos, conforme a opinião da psicóloga e coordenadora de recrutamento e seleção da Concisa Recursos Humanos, Vanessa Marmentini Prandes.
– Mesmo a empresa permitindo o relacionamento, o casal deve manter a postura frente aos colegas de trabalho, sem esquecer qual seu objetivo, pois a empresa pode dar mais atenção ao relacionamento caso haja baixo de rendimento – ressalta Vanessa.
Os namorados, explica a psicóloga, devem lembrar que dentro da empresa, antes de tudo, são colegas de trabalho, e que por isso, apelidos carinhosos, beijos, recadinhos ou brigas devem ser reservados para outros ambientes.
– Utilizando a maturidade e o bom senso, certamente o casal manterá o relacionamento e também o emprego – alerta Vanessa.
Segundo o vice-presidente de relações trabalhistas e sindicais da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Carlos Pessoa, não há nada na legislação que justifique a proibição imposta por algumas companhias ao namoro entre os funcionários:
– Não podem e nem devem. O que podem proibir é que os colegas namorem dentro da empresa, porque algumas condutas são inadequadas no ambiente profissional.
Ele afirma que a melhor atitude é ser transparente, ou seja, deixar claro que namora, mas que de maneira alguma isso vai atrapalhar o trabalho de ambos. As organizações, ressalta, estão realmente preocupadas é com a produtividade de cada um dos colaboradores.
– Pode namorar. Mas aja como se não namorasse – recomenda Pessoa.
A favor do relacionamento responsável e discreto no trabalho, ele não aconselha o envolvimento entre chefe e subordinado, pois estes casos já englobam outras questões éticas. Para o vice-presidente da ABRH quando o casal trabalha junto, os dois tendem a ser mais produtivos, para não dar o que que falar aos colegas e muito menos aos chefes.
– E ambos querem se mostrar competentes. Isso também é uma forma de sedução – avalia Pessoa.
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