Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
16 de julho de 2009
N° 16032 - RICARDO SILVESTRIN
A repetição
Estava escrevendo uns poemas no computador. Dei uma olhada nos meus e-mails. Entrou uma mensagem dizendo que alguém estava me seguindo no Twitter. Entrei para ver e acompanhei algumas mensagens. Falavam sobre o show do Roberto Carlos que estava indo ao ar na tevê. Não parei de escrever meus poemas para ir olhar.
Mas, pelos recados, falavam que o Roberto entrou de calhambeque. Depois, citavam a presença do Erasmo, o Tremendão. Em seguida, diziam que apareceu a Wanderléa. Choro, lembranças, são tantas emoções. Fiquei pensando que já vi esse especial do Roberto Carlos umas duzentas vezes.
Parece que estamos vivendo a era da redundância. Como aqueles desenhos ou filmes que as crianças bem pequenas adoram ver de novo. O prazer delas é saber o que vem a seguir. Os filmes de sucesso são remakes.
A história em quadrinhos, o desenho, tudo recontado. Na música, com a baixa do negócio da venda de discos, por um lado, e com a segmentação das mídias por outro, a renovação não tem passado pela massificação.
As mídias de massa não são mais tão consumidas por pessoas de bom gosto. Há outras alternativas segmentadas: internet, canais a cabo. Sobra para a massificação o mais óbvio, o menos refinado.
E, como a venda de discos não mais acontece como antes, o investimento vai apenas para o bastantão. Não há verba para levar qualidade a um número maior de pessoas.
Fica nas mãos apenas do artista essa tarefa de criar o novo, divulgar, gravar, filmar, distribuir, fazer o release, elaborar o discurso de venda de si mesmo. Se ele conseguir sozinho vencer a barreira da indiferença, então aparecem os homens de negócio para querer ganhar algum em cima. Uma vez, Spike Lee falou sobre os produtores.
Disse que, quando ele era desconhecido, ninguém o queria produzir. Depois que virou um cineasta famoso, apareceram vários. Mas aí ele não precisava mais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário