Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sábado, 25 de julho de 2009
“MEUS ONTENS ESTÃO DESAPARECENDO E MEUS AMANHÃS SÃO INCERTOS, ENTÃO, PARA QUE EU VIVO? VIVO PARA CADA DIA. VIVO O PRESENTE. NUM AMANHÃ PRÓXIMO, ESQUECEREI QUE ESTIVE AQUI DIANTE DE VOCÊS E QUE FIZ ESTE DISCURSO.
MAS O SIMPLES FATO DE EU VIR A ESQUECÊ-LO NUM AMANHÃ QUALQUER NÃO SIGNIFICA QUE HOJE EU NÃO TENHA VIVIDO CADA SEGUNDO DELE. ESQUECEREI O HOJE, MAS ISSO NÃO SIGNIFICA QUE O HOJE NÃO TEM IMPORTÂNCIA”
Alice sempre foi uma mulher de certezas. Professora e pesquisadora bem-sucedida, ela sempre se destacou em sua área de atuação e sempre participou com distinção de debates e conferências. Não havia referência bibliográfica que não guardasse de cor.
Alice sempre acreditou na formação acadêmica como o melhor caminho para o sucesso profissional. e tentou convencer sua filha caçula, Lydia, a seguir o exemplo de seus irmãos e a abandorar o sonho de ser atriz. Alice sempre foi, antes de tudo, uma mulher racional. Sempre gostou de planejar a vida nos seus mínimos detalhes. Sempre acreditou que poderia estar no controle.
Mas nada é para sempre. Talvez só Alice seja para sempre. Mas como?
Perto de completar cinquenta anos, Alice Howland começa a esquecer. No início coisas sem importância, como o lugar em que deixou o carregador de seu celular, até que, durante uma corrida, ela se perde a caminho de casa. Sintomas de estresse, provavelrnerte.
E provavelmente também a menopausa se aproximando. Nada que um bom médíco e o medicamento mais moderno e eficaz não dessem jeito. Mas não é isso o que acontece. Ironicamente, a professora de memória mais afiada em Harvard é diagnosticada, precocemente, com o mal de Alzheirner, uma doença degenerativa incurável.
Daqui para frente haverá poucas certezas para Alice. Ela terá que reinventar, a cada dia, a própria vida, terá que abandonar o controle de tudo, terá que aprender a se deixar cuidar, terá que conviver com a única certeza que parece lhe restar: a de que ela não será a mesma pessoa daqui a um mês.
Neste emocionante romance de Lisa Genova, a personagem Alice não vai triunfar sobre a doença que está tomando conta de seu corpo, mas, tentando aprender a lidar com suas incapacidades, vai observar a si própria, sua história, seu marido, seus filhos, o mundo à sua volta de uma forma diferente. Agora, um sorriso, o tom da voz, o toque das mãos, a calma que a presença de alguém lhe traz podem lhe devolver a lembrança do que aquela pessoa significa mesmo que por instantes, e ainda que não saiba seu nome.
O que conta para Alice agora é o presente, o que conta agora são os momentos de plenitude e de felicidade. Momentos com certeza esquecíveis. Mas não importa. Por trás de toda a devastação provocada pela doença, parece que ainda há um lugar onde Alice continua a ser Alice.
Alice Howland sempre foi uma mulher de certezas. Talvez hoje sua única certeza seja a de que, de alguma forma e apesar de tudo, Alice é para sempre.
Recebi de minha amiga Tânia Lyra
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