sábado, 4 de julho de 2009



04 de julho de 2009
N° 16020 - NILSON SOUZA


Vida longa

Li com atenção os textos escritos pelas crianças que conquistaram o direito de conhecer o Parque Gráfico de Zero Hora, ao participar da promoção A Fantástica Máquina de Fazer Jornal.

São comoventes, revelam a espontaneidade e a criatividade de uma turminha que já sabe expressar seus pensamentos e sentimentos pela palavra escrita. Curiosamente, as seis redações escolhidas são de autoria de meninas – um indicativo claro de que elas são mais precoces do que eles na comunicação.

Tawane, de oito anos, não deixa dúvida sobre isso: “Eu gosto muito de falar, escrever e apresentar, por isso quero muito conhecer um jornal de verdade. Quem sabe eu também não seja uma escritora ou jornalista? Até logo”.

Vem aí concorrência forte. Maria Eduarda, de sete, revela que começou ainda mais cedo: “Aprendi a ler no ano passado, quando com seis anos eu estava no pré-B. Seria de muita felicidade visitar o local responsável por levar informação todos os dias à minha casa”. Será muito bem-vinda a pequenina.

Do alto dos seus nove anos, Alice diz: “Gosto do jornal porque parece um dicionário, tem palavras que eu conheço muito bem e tem outras que eu nunca ouvi falar, com isso aprendo e aumento meu vocabulário”. Pelo que se vê, vocábulos não lhe faltam. Marina, de 10 anos, chega a fazer poe­sia: “Ler jornal é muito legal. Conhecer lugares, voar pelos ares!”. Menina Marina, você se puxou.

Fabiani, de 12 anos, é um caso especial: “Se texto não tem foto, é mais difícil de surdo entender. Precisa de foto porque todo surdo entende o jornal”, ensina, do seu mundo de sábios silêncios. E Danúbia, de 11 anos, conta que sua mãe é doméstica e seu pai, entregador de jornais.

Sendo filha de jornaleiro, ela tem a oportunidade de ler notícias diariamente, o que lhe permite sonhar com uma carreira profissional: “Quem sabe no futuro serei eu uma boa e famosa jornalista e redigirei notícias e contos históricos de minha querida cidade de Mato Castelhano”. Já fez isso, querida futura colega. Mato Castelhano acaba de entrar para o mapa do jornalismo rio-grandense.

Na verdade, todos os meninos e meninas que imaginaram a máquina de fazer jornal, representando-a com desenhos coloridos e com textos inspirados, nos transmitiram conjuntamente a melhor de todas as notícias: os leitores do futuro estão atentos, interessados, participativos. Os jornais terão vida longa.

Um ótimo sábado e um gostoso fim de semana.

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