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As comportas de Porto Alegre
A coluna conversou na sexta-feira com o diretor-geral adjunto do Dmae, Vicente Perrone, sobre as obras nas comportas do sistema de proteção contra cheias de Porto Alegre. Na quinta-feira, foram fechadas as de número 5 e 7, na Avenida Mauá. Em janeiro, a de número 3 já havia sido concretada.
A prefeitura aproveitou o contrato que já tinha com uma empresa para fazer as obras. Por isso, não houve necessidade de licitação. Mesmo que tenham se passado quase 10 meses da enchente, Perrone considera que o prazo está dentro dos padrões para o serviço público.
A próxima etapa é fechar definitivamente as comportas 8, 9, 10 e 13, que ficam embaixo da Avenida Castelo Branco. Para isso, o corpo técnico analisa propostas de três empresas que participaram da concorrência, com valor de referência de R$ 3,5 milhões. O diretor acredita que, até julho, as quatro estarão fechadas.
O Dmae também analisa propostas de empresas para a substituição de três comportas, que serão móveis: a 11 (São Pedro), a 12 (Cairú) e a 14 (Castelo Branco). Essa última foi destruída pela enchente e foi um dos símbolos dos problemas do sistema de defesa da Capital.
Inicialmente, a ideia era fechá-la em definitivo. Mas a medida gerou descontentamento na Federação de Remo do Rio Grande do Sul (Remosul), devido ao acesso aos clubes. Logo, ela será móvel.
Força da água
Essas novas comportas serão maiores, mais pesadas, com mecanismos de abertura e fechamento mais eficientes. O projeto foi feito especificamente para resolver o problema identificado em maio: a força da água na região da 14, por exemplo, é maior do que na Mauá, em razão da influência do Jacuí. Para a substituição, há quatro concorrentes, com licitação com valor de referência de R$ 9 milhões.
As demais comportas serão reformadas, com melhorias no sistema de vedação. A coluna questionou sobre quando todas as comportas estarão prontas e funcionais. O órgão informou que isso depende da empresa declarada vencedora para as comportas novas. Como serão equipamentos sob medida, um dos critérios de escolha será o prazo para a entrega. _
A Alemanha sem imigrantes
Cerca de 15% dos médicos e enfermeiros na Alemanha têm nacionalidade estrangeira e representam uma parte essencial para o funcionamento de hospitais, lares e consultórios médicos. _
Entrevista - Marcelo Moraes
"A bandeira do RS deve estar acima das ideologias"
Deputado federal, novo coordenador da bancada gaúcha no Congresso
O deputado federal Marcelo Moraes (PL) assumiu nesta semana a liderança da bancada gaúcha no Congresso, em substituição a Dionilso Marcon (PT), que ficou à frente do grupo em 2024. Moraes conversou com a coluna sobre suas prioridades. A bancada é composta por 31 deputados e três senadores.
Quais serão suas prioridades à frente da bancada?
Destaco pautas importantes como a discussão dos vetos do Propag (Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados), que trazem prejuízo grande para o Rio Grande do Sul: um deles é não se fazer cumprir o alívio na dívida em relação às enchentes.
O pretende fazer pela reconstrução do Estado?
Uma das rubricas foi para a área da saúde, para que possamos colocar recursos nos hospitais. Temos também uma tarefa grande que é discutir a questão da agricultura. Nos últimos três anos, tivemos seca e, no meio disso, a enxurrada.
Que outras demandas o senhor tem em mente?
São muitas, em todas as áreas. Temos hoje no Rio Grande do Sul mais de 50 municípios sem acesso asfáltico, temos uma discussão em relação à assinatura do regime de recuperação fiscal, que não nos permite ser competitivos em relação a incentivos fiscais para empresas que queiram vir aqui para o Estado, entre tantas outras pautas. A bancada gaúcha vai estar com a porta aberta.
Como o senhor avalia a representatividade gaúcha hoje em Brasília?
Nossa ideologia é algo que está sempre presente conosco, não temos como tirá-la de dentro da gente. Mas, dentro da bancada gaúcha, a nossa pauta, a nossa discussão, a nossa bandeira é o Rio Grande do Sul. Tem de ter convergência para ajudar o Estado. _
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