Uma gaúcha em Nova York
Um violoncelo na mão e ideia na cabeça. Foi assim que a porto-alegrense Marjana Rutkowski, 58 anos, chegou ao Conselho da ACMP, Associated Chamber Music Players (Associação dos Músicos de Câmara), que tem sede em Nova York. Marjana é a única não americana e não europeia a integrar o seleto grupo da entidade, que financia projetos de música erudita em todo o mundo. Ela foi uma das madrinhas de um festival de música online idealizado por Maurício Souza, gaúcho que mora em Florianópolis.
- Não é difícil conseguir ajuda. A gente acaba criando barreiras invisíveis quando, na verdade, basta apresentar um bom projeto no lugar certo - conta.
Marjana morou 20 anos nos Estados Unidos, período no qual aperfeiçoou a sua formação em Yale. Tocou também na Europa, Canadá, Israel e Brasil, onde entrou aos 17 anos para a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Entre as experiências no Exterior, se destaca a participação no quarteto de cordas do Kammermusik, festival realizado na Universidade de Oxford.
A ACMP é uma organização sem fins lucrativos que se propõe a estimular e expandir a execução de música de câmara em todo o mundo, independentemente da origem, idade e habilidade dos músicos, seja em projetos individuais, em grupo, ou vinculados a instituições. A música de câmara se define como "reunião instrumental para um pequeno agrupamento", que vai de dois até cerca de 10 componentes. Empolgada, Marjana, que se define, rindo, como uma "ativista louca", segue ensaiando e fazendo planos.
- Vou seguir tocando por muitos anos - afirma.
A plateia - e a música - agradecem.
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