quinta-feira, 31 de julho de 2025


31 de Julho de 2025
CARPINEJAR

Sessenta tentativas de

1. Feminicídio

2. Feminicídio

3. Feminicídio

4. Feminicídio

5. Feminicídio

6. Feminicídio

7. Feminicídio

8. Feminicídio

9. Feminicídio

10. Feminicídio

11. Feminicídio

12. Feminicídio

13. Feminicídio

14. Feminicídio

15. Feminicídio

16. Feminicídio

17. Feminicídio

18. Feminicídio

19. Feminicídio

20. Feminicídio

21. Feminicídio

22. Feminicídio

23. Feminicídio

24. Feminicídio

25. Feminicídio

26. Feminicídio

27. Feminicídio

28. Feminicídio

29. Feminicídio

30. Feminicídio

31. Feminicídio

32. Feminicídio

33. Feminicídio

34. Feminicídio

35. Feminicídio

36. Feminicídio

37. Feminicídio

38. Feminicídio

39. Feminicídio

40. Feminicídio

41. Feminicídio

42. Feminicídio

43. Feminicídio

44. Feminicídio

45. Feminicídio

46. Feminicídio

47. Feminicídio

48. Feminicídio

49. Feminicídio

50. Feminicídio

51. Feminicídio

52. Feminicídio

53. Feminicídio

54. Feminicídio

55. Feminicídio

56. Feminicídio

57. Feminicídio

58. Feminicídio

59. Feminicídio

60. Feminicídio

Imagine mais de 60 socos numa jovem imobilizada no chão, encurralada num elevador fechado, sem ter como sair, como se defender, como pedir ajuda, num espancamento brutal e covarde.

Foi o que fez um ex-jogador de basquete de 29 anos, de porte atlético, 1,78m, em cima de sua namorada de 35 anos, na tarde de sábado, em Natal (RN).

As câmeras de segurança registraram o horror do massacre. As imagens viralizaram no mundo, mostrando a banalidade da boçalidade.

O estopim seria uma cena trivial de ciúme.

Ele não agrediu, buscou matar. Alegou que a violência derivou de um surto de claustrofobia, mas não parece estar nem um pouco com medo no vídeo.

Pelo contrário, apresenta-se determinado a cometer o ato. Concentra toda a sua energia. Apoia um braço na parede para bater com mais força com o outro.

Ele não se envergonha jamais, a ponto de, no fim de tudo, olhar com calma nos olhos da presa desfigurada (como se ali restassem olhos para responder), encarando seu rosto em carne viva, observando friamente os efeitos de seus golpes.

Não há compaixão. Não há humanidade. Não há hesitação. Uma vez profanado, o tempo jamais volta.

Ela exibe múltiplas fraturas no rosto e na mandíbula, e será submetida a uma cirurgia de reconstrução facial. É a vítima, e ainda se vê obrigada a fazer arrecadação virtual para custear as despesas médicas.

Se o crime não tivesse sido filmado e se a intervenção do porteiro do condomínio não tivesse ocorrido, ela não seria salva. Não é a primeira vez que houve ameaça de morte. Nunca é uma só vez.

"Ele disse que ia me matar", ela escreveu em um bilhete que entregou para os policiais de plantão que foram ao hospital, por não conseguir falar devido aos graves ferimentos.

O agressor acabou preso em flagrante por tentativa de feminicídio.

O elevador desceu muito abaixo do térreo. Parou no inferno. Onde o Brasil se encontra.

A cada hora, 26 mulheres são atacadas no país.

O episódio aconteceu no Rio Grande do Norte, mas o Rio Grande do Sul não foge da truculência caseira. Até lidera. Em 2024, houve 72 feminicídios, dos quais 14 contavam com proteção judicial. É o Estado brasileiro com a maior taxa de descumprimento da medida protetiva. Já somamos 36 feminicídios no primeiro semestre do ano, e o número não diminui. A liberdade de amar e desamar não existe para as mulheres. 

CARPINEJAR

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