
Negociação entre Trump e o Brasil já nasce morta
Fazia apenas oito dias que Donald Trump estava de volta à Casa Branca quando escrevi como o presidente americano adota uma tática antiga dos manuais de estratégia: a "Teoria do Louco" (Madman Theory). A ideia é se colocar como alguém disposto a encarar um enfrentamento a qualquer custo na tentativa de dissuadir o adversário. Se um dos lados acredita genuinamente que o outro é capaz de apertar o botão e dar início a uma guerra, pode ceder às demandas dele para evitar o pior.
Foi assim que Trump agiu antes mesmo de assumir o novo mandato para obter o cessar-fogo no Oriente Médio. Em outras palavras, disse a Israel e ao grupo terrorista Hamas: "Fechem um acordo, libertem os reféns antes que eu assuma ou o inferno vai se instalar". Ninguém sabia se ele estava blefando ou não. Na dúvida, houve o acordo.
Com o Irã, foi diferente: Trump disse que estava avaliando o uso da superbomba contra a central nuclear de Fordow e que tomaria a decisão em semanas. Menos de 48 horas depois, foi lá e bombardeou o país dos aiatolás. Aqui, não foi blefe. Foi mentira, mesmo.
No caso do tarifaço brasileiro, o que mais dificulta a negociação não é tanto a conhecida imprevisibilidade de Trump - seja ela genuína ou como tática deliberada. O problema é que os EUA não têm sido claros no que pretendem. Trump postula o inegociável: o fim do inquérito contra Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). E, para causar um efeito de saturação, coloca sobre a mesa pontos tão diversos quanto as big techs e o Pix, passando pelo etanol e as blusinhas da Rua 25 de Março.
Isso inviabiliza qualquer diálogo sério, qualquer eventual arbitragem internacional. Não há pontos concretos a serem negociados simplesmente, porque Trump não quer negociar ou porque qualquer possibilidade de negociação, na verdade, já nasce morta. _
Portugal está endurecendo a lei para imigração
Nos últimos anos, Portugal tem oferecido aos brasileiros uma combinação rara de acesso facilitado, laços culturais, estabilidade institucional e a proximidade com o restante da Europa. É a porta de entrada, até agora aberta, para a União Europeia.
Por isso, a decisão do parlamento português, que na quarta-feira passada aprovou projetos de lei que endurecem a política migratória, acendeu um sinal de alerta entre brasileiros que vivem no país ou planejam migrar.
A nova legislação impõe restrições ao reagrupamento familiar, cria barreiras adicionais para obtenção de vistos e estabelece uma unidade especial de fronteiras dentro da Polícia de Segurança Pública (PSP), com foco no controle migratório.
Presidente publica vídeo falso com imagem de Obama
O presidente dos EUA, Donald Trump, publicou domingo em rede social um vídeo falso gerado por inteligência artificial que simula a prisão do ex-presidente Barack Obama na Casa Branca. O post mostra agentes do FBI forçando Obama a ajoelhar-se e sendo algemado.
A publicação ocorre dias após a diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, divulgar relatório acusando Obama e membros de seu gabinete de fabricarem evidências sobre suposta interferência russa nas eleições de 2016. O documento cita: "evidências demonstram como, depois que o presidente Trump venceu a eleição de 2016 contra Hillary Clinton, o presidente Obama e os integrantes de seu gabinete de segurança nacional fabricaram e politizaram a inteligência para preparar o terreno para o que foi essencialmente um golpe de anos contra o presidente Trump". _
Parceria entre Sistema Ocergs e a ONU
O Sistema Ocergs e a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido) assinaram, sexta-feira, um protocolo de intenções para desenvolver projetos de cooperação em agricultura sustentável, energia limpa e biofertilizantes.
A agência já executa dois projetos no RS - voltados para biogás e resiliência climática industrial - e pretende ampliar a parceria, incluindo iniciativas para a recuperação das áreas afetadas pela enchente. Os próximos passos serão implementados neste segundo semestre.
Antes da assinatura, Ocergs e Unido realizaram reuniões com associados. Na quinta-feira, houve encontro com a Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do RS (Fecoergs) e a Certel. Os temas discutidos incluíram eficiência energética, modernização de usinas hidrelétricas e hidrogênio verde. Na sexta, houve reunião com a Federação das Cooperativas Agropecuárias do RS (FecoAgro/RS), CCGL e Rede Técnica Cooperativa (RTC). _
Ações educativas da Defesa Civil
Levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) com 485 dos 497 municípios gaúchos revela que 59 (12,2%) desenvolvem ações educativas permanentes na Defesa Civil. Os dados mostram ainda que 35 cidades (7%) que responderam realizam simulados de desastres e só 53 (10,9%) promovem treinamentos para voluntários.
Os dados fazem parte de pesquisa que procurou todos os municípios, porém alguns não responderam. Segundo o órgão, os números indicam que a maioria das prefeituras ainda não incorporou de forma sistemática a gestão de riscos ao cotidiano institucional e à formação cidadã. Para o Tribunal, isso aumenta a exposição de populações vulneráveis e dificulta a resposta coordenada em situações de crise.
Nenhum comentário:
Postar um comentário