
Quem pode tirar o Brasil da enrascada de Donald Trump
A uma semana da entrada em vigor da tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras para os EUA, soa infantil e oportunista dizer que o governo Lula tem de negociar. Não existe negociação possível quando o outro lado se recusa a sentar à mesa. Ou quando desde a largada impõe uma condição francamente inaceitável.
Desde que anunciou as primeiras medidas deste segundo governo, Donald Trump vem blefando. Ameaça e recua, volta a ameaçar e recua outra vez, testando os nervos dos parceiros comerciais. Só depois que encontrou em Xi Jinping um negociador com a mesma força, aceitou negociar com a China. Mas não foi só a resposta do líder chinês que operou o milagre. Foi a pressão das empresas dos EUA, dependentes de insumos e de produtos acabados feitos na China.
A esperança do Brasil passa por esse caminho. Se é impossível fazer o que Trump quer, que é livrar Jair Bolsonaro na ação penal da tentativa de golpe, não adianta mandar deputados, senadores, diplomatas ou bispos acampar em frente à Casa Branca.
Resta esperar que os consumidores de carne, café e suco de laranja dos EUA pressionem o governo a recuar, alertando para o risco de inflação ou de desabastecimento. E que as empresas norte-americanas que dependem de insumos importados do Brasil mostrem que serão eles os maiores prejudicados por essa guerra comercial.
No médio prazo, o caminho será abrir novos mercados, tentar acelerar o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, negociar com outros países afetados pelas tarifas, como o Canadá e o México, e ampliar as vendas para países do Brics.
O apoio e a solidariedade de dezenas de países membros da Organização Mundial do Comércio atestam que Trump pode acabar estimulando as trocas entre outras nações para escapar da síndrome de dono do mundo. _
Um conjunto de medidas para socorrer os exportadores gaúchos prejudicados pelo tarifaço será anunciado hoje pelo governador Eduardo Leite. A partir das 8h, ele se reúne com entidades.
PL e Novo confirmam aliança para 2026 no Estado
Alinhados ideologicamente, PL e Novo confirmaram que estarão juntos na eleição de 2026 no Estado. Os dois partidos chegaram a um acordo e anunciaram as pré-candidaturas de Luciano Zucco (PL) a governador e Ubiratan Sanderson (PL) e Marcel Van Hattem (Novo) ao Senado.
Com clima de torcida organizada na sede do PL, a união foi descrita pelo presidente liberal, Giovani Cherini, como "o primeiro passo ao Piratini".
As conversas começaram em março. Ambos concordam que, por esta ser uma das eleições mais antecipadas do RS, era necessário unir forças logo.
O Novo ofereceu o amplo eleitorado de Van Hattem como principal ativo, enquanto o PL dará espaço de divulgação para o aliado e vai aproveitar para alavancar a popularidade de Sanderson no Estado.
O grupo também conversa com Podemos, PSDB, Solidariedade e Avante. _
Tinga doa jipe para leilão em favor da causa dos transplantes
Ídolo da torcida colorada, o ex-jogador Paulo César Tinga nunca aceitou os convites para concorrer a cargos públicos, mas é atuante nas questões sociais. A última de Tinga foi doar o "Jipe Colorado", autografado por ídolos do Inter, para o leilão beneficente que celebra os 25 anos da ViaVida Pró-Doações e Transplantes.
O veículo, da década de 1960, ficará em exposição no Praia de Belas Shopping, de sábado até 16 de agosto, data em que será realizado o leilão de forma virtual.
A renda do leilão será revertida para a manutenção da sede da ViaVida, seus projetos e a Pousada Solidariedade, que oferece hospedagem a pacientes transplantados e familiares. _
Juliana Brizola avalia chapa com PT: "Alternativa que fura a bolha"
Disposta a tentar ser a segunda governadora da história do Rio Grande do Sul, Juliana Brizola (PDT) tem planos ambiciosos - e quase impossíveis - para a montagem da chapa em torno da sua candidatura. Com conversas ainda incipientes, Juliana tem dialogado com partidos que vão da centro-direita à esquerda.
Na hipótese de uma composição à esquerda, uma das construções ventiladas nos bastidores é a de os petistas abrirem mão da cabeça de chapa, hoje reservada para Edegar Pretto, e indicarem o vice de Juliana. O movimento teria respaldo da direção nacional do PDT, presidida por Carlos Lupi, ex-ministro do governo Lula.
Na avaliação de Juliana, essa chapa daria um amplo palanque para Lula no Rio Grande do Sul:
- É uma conjuntura que o PT deve enxergar. É a última eleição do Lula, o palanque deveria ser o mais amplo possível, e isso tem que ser replicado nos Estados. Me disponho a que a gente possa construir uma alternativa que fure a bolha. _
Sartori sai da toca e dá primeira entrevista depois de seu governo
Avesso a entrevistas desde que deixou o Palácio Piratini, no primeiro dia de 2019, o ex-governador José Ivo Sartori decidiu sair da toca e conversou durante uma hora com o jornalista Tiago Dimer. A entrevista vai ao ar no sábado.
À vontade, Sartori falou sobre o início da sua carreira política, as dificuldades enfrentadas no governo, a comunicação e a falta de dinheiro.
Ressaltou que sempre trabalhou com a verdade e a transparência no governo, sem esconder as dificuldades que o Estado enfrentava. _
POLÍTICA E PODER
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