
O que fazer para conter a onda de feminicídios no Brasil
No momento em que o programa Gaúcha Atualidade debatia soluções para o elevado número de feminicídios, em Garibaldi uma mulher de 38 anos estava sendo estrangulada pelo monstro que em algum momento foi seu companheiro.
Na noite de sexta-feira, um casal foi encontrado morto em um apartamento em Canela, com marcas de tiros na cabeça. A conclusão preliminar da Polícia Civil é de que se trata de feminicídio seguido de suicídio.
Esses dois casos dão rostos às estatísticas que assombram as autoridades. Enquanto todos os outros crimes vêm caindo de forma consistente, o feminicídio segue destruindo famílias.
No Atualidade, ouvimos a juíza-corregedora Taís Culau de Barros, a promotora de Justiça Ivana Battaglin, a defensora pública Paula Granetto e a delegada Tatiana Bastos.
As quatro protagonizaram uma mesa-redonda de alto nível, orientando mulheres que sofrem com a violência psicológica, muitas vezes sem perceber que ela é a antessala da agressão física ou da morte. Destacaram as questões culturais que levam homens machistas a se julgarem donos das mulheres que pensam amar, mas são movidos pelo sentimento de posse.
Ressaltaram a importância de orientação nas escolas, para que meninos aprendam a respeitar as mulheres desde pequenos e meninas saibam como se proteger. Ensinaram que os órgãos públicos precisam atuar articulados.
Mostraram a importância da medida protetiva, desde que venha acompanhada de mecanismos para impedir de fato a aproximação do agressor, e de uma rede de acolhimento para que a mulher saiba a quem recorrer. Discorreram sobre a necessidade de independência econômica, para que não se mantenham presas a um casamento fracassado por não ter como se sustentar.
Informação é poder
Uma mulher precisa saber que homem algum tem o direito de invadir sua privacidade ou decidir o que ela pode vestir. As mães precisam mostrar às suas meninas que ciúme exagerado não é sinal de amor, mas de insegurança, e que é preciso compartilhar com a família quando sentir que está correndo algum tipo de risco. _
Motociata sem discurso e com cartazes de apoio a Donald Trump
De tornozeleira eletrônica, o ex-presidente Jair Bolsonaro participou ontem de uma motociata em Brasília, ao lado da esposa, Michelle, e do filho Flávio. Bolsonaro trocou a garupa de uma moto por um carro de som, onde esteve durante todo o trajeto, seguido por motociclistas.
O ex-presidente não discursou, sob argumento de que está impedido pela Justiça. Ele chegou a um ponto de encontro próximo à Granja do Torto, onde foi recebido pelos simpatizantes - que portavam bandeiras do Brasil e alguns cartazes com os dizeres "Fora Moraes", "O bem venceu porque é maior", "Trumponaro" e "Bolsotrump".
O PL e outros partidos da direita organizam atos em todo o Brasil no próximo domingo. O ex-presidente, porém, não poderá participar dos atos pois está impedido, devido às medidas cautelares, de sair de casa à noite e aos finais de semana. _
De trapalhada em trapalhada, Zambelli enterra carreira política
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