domingo, 7 de junho de 2009



07 de junho de 2009
N° 15993 - PAULO SANT’ANA


Orgia na Sardenha

Não me acusem de ser pornográfico. Não me acusem de ser sensacionalista. Nem me acusem de ser escatológico.

Os fatos é que são pornográficos, sensacionalistas e escatológicos.

Olhem o que repercutiu sexta-feira na imprensa mundial: o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, reuniu em uma mansão de sua propriedade, na Sardenha, inúmeros altos membros do governo, inúmeros altos dignitários de nações estrangeiras e realizou no recinto de sua dacha uma gigantesca bacanal, em companhia de dezenas de jovens mulheres contratadas para o notável conúbio.

Um fotógrafo subiu numa árvore ou num poste das imediações da mansão de Berlusconi e fotografou todas as incidências da espetacular orgia entre governantes italianos e estrangeiros e as donzelas contratadas.

Fotos variadas de cenas explícitas, a escolher, estão aqui em cima da minha mesa.

As primeiras fotos divulgadas pelas agências internacionais mostravam cenas íntimas da bacanal na beira da piscina. A foto mais agressiva era de um homem que se parecia extraordinariamente com Berlusconi, dirigindo-se à cama de piscina de uma mulher belíssima, apenas com o detalhe incrível de que o homem se mostrava com o órgão sexual em posição ereta.

As notícias que chegavam pela internet diziam que era Berlusconi o homem engatilhado na direção da mulher deitada.

Mais tarde, o Jornal Nacional disse que foi desmentido ser Berlusconi, mas o primeiro-ministro admitiu a realização da bacanal em sua casa de praia, dizendo que as fotos “são inocentes”.

Inocentes? Com aquele homem armado em direção daquela mulher deitada? Inocente porque não era com ele!

Como a reunião era entre membros do governo itálico e europeu, pode-se afirmar taxativamente que se tratou de uma “Reunião de Cópula”, imagino eu.

E, que era uma “reunião de membros”, agora não resta mais dúvida alguma.

Ao mesmo tempo, o ator norte-americano David Carradine, de 72 anos, que nos anos 70 representou o personagem da série de televisão Kung Fu, foi encontrado enforcado num hotel de Bangcoc, morto.

Carradine, pasmem, é inacreditável, atou uma corda no seu pênis, atou outro pedaço de corda no seu pescoço, juntou os dois pedaços a um terceiro pedaço de corda, que foi amarrado ao armário do quarto.

A hipótese robusta de que tenha sido suicídio por enforcamento foi timidamente desprezada pela polícia técnica, que deu um laudo estranhíssimo, classificando o caso de “acidente autoerótico”.

Mas como acidente, com uma das três cordas presas ao pescoço?

Ao contrário da perícia legal, imagino que Carradine usou seu órgão genital amarrado à corda como alavanca para a outra corda enforcar o seu pescoço e assim suicidar-se.

Só não sei quando é que a corda amarrada ao membro puxava a corda amarrada ao pescoço para realizar o enforcamento: se quando se levantava ou se quando entrava em declínio.

De qualquer forma, na minha versão não se explica muito satisfatoriamente enforcamento com o órgão atado a uma corda.

E na versão da polícia é inexplicável que, para excitar-se apenas, Carradine tenha também atado uma corda a seu pescoço.

Assaltou certamente a outras mentes atrevidas a hipótese não de todo descartável de que Carradine tivesse sido submetido a uma tortura e sido assassinado. Mas então o assassino ou assassina seria obrigatoriamente um sádico maníaco sexual.

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