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sexta-feira, 19 de junho de 2009
19 de junho de 2009
N° 16005 - PAULO SANT’ANA
Preteou o olho da gateada
Os leitores desta coluna tiveram ontem o privilégio de conhecer a diferença entre ciúme e inveja, que são confundidos por muita gente como a mesma coisa.
Não são iguais. Assim como não são iguais, mas totalmente diferentes, a paixão e o amor.
O amor é um derivativo da paixão. E a paixão é um genérico do amor.
Como ontem expliquei aqui com outras palavras, o amor começa quando a paixão termina.
E há sempre um tremendo risco de a paixão, por fastio, se transformar em amor, como acontece com a maioria dos casais antigos.
Assim como há o risco, muitas vezes calculado, de a amizade se transformar em amor, havendo antes para ser escalado o degrau da paixão.
Existe, mas é muito raro o caso de amizade entre um homem e uma mulher.
No mínimo, um dos polos é interesseiro, guarda secretamente a esperança de que aquela amizade se incendeie depressa ou em algum dia em paixão.
Eu, por exemplo, sempre que vejo um casal de amigos aqui no bar da Redação, lanço sobre os dois a suspeita grave de que possam estar apaixonados.
Não é que eu seja mau-caráter ou malicioso, é que eu conheço a natureza humana e sei que são demais os perigos desta vida quando se encontram por qualquer circunstância ou em qualquer lugar um homem e uma mulher.
O amor, me entendam por favor, começa a nascer no flerte e principia a morrer no casamento.
Já segundo o jurista e diretor da Faculdade de Direito da UFRGS, Sérgio Porto, Honoré de Balzac, o grande escritor de A Comédia Humana, disse o seguinte: “O amor não existe, senão no perigo”.
Eu sei o que quis dizer este pensamento de Balzac: que só se percebe que se trata mesmo de amor quando ele passa a correr grande risco contra seu êxito ou existência.
Da série Ainda Não Cessaram as Homenagens: no intervalo do jogo Grêmio x Caracas, os milhares de ocupantes das cadeiras numeradas do lado da geral se levantaram para olhar para mim no meu camarote e cantaram não o hino sublime do Grêmio nem os hinos das torcidas, mas o Parabéns a Você, pelos meus 70 anos.
Muito obrigado, massa tricolor! O destino haverá de recompensar vocês dando-lhes de presente o título da Libertadores, apesar de que o time não vem bem e deixa de inspirar confiança.
Mas nós temos de manter acesa a sagrada chama da esperança.
Enquanto isso, para o Inter cabe o adágio que celebrizei: preteou o olho da gateada.
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