Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
19/6/2009
Jaime Cimenti
Retrato implacável de uma geração
A jornalista, escritora e roteirista portuguesa Margarida Rebelo Pinto é um dos maiores fenômenos literários de Portugal dos últimos anos. Sua obra já ultrapassou a marca de 1 milhão de exemplares vendidos em todo o mundo, incluindo países como Alemanha, Bélgica, Holanda e Espanha. No Brasil, já publicou Sei lá, Não há coincidências e Alma de pássaro.
Agora acaba de lançar Pessoas como nós, seu quarto romance em terras brasileiras, retratando bem homens e mulheres da faixa dos 30 aos 40 anos de idade da sociedade urbana portuguesa contemporânea.
Margarida narra com detalhes e sedução as idas e vindas amorosas e os caminhos e descaminhos de homens e mulheres, seus irmãos, namorados, amigos e famílias, num mundo no qual o amor e os demais sentimentos estão definitivamente distantes de rótulos ou definições.
Margarida nasceu em Lisboa, em 1965, e, aos 7 anos, decidiu ser escritora. Aos 20 anos, ingressou na imprensa e hoje é uma das colunistas mais influentes de Portugal. Formada em Línguas e Literaturas Modernas, já trabalhou em publicidade e televisão e hoje assina roteiros e escreve semanalmente para jornais e revistas.
Com tal bagagem e devido ao seu trabalho muitos a comparam à inglesa Helen Fielding (autora de O diário de Bridget Jones) e Candace Bushnell (autora de Sex and the City).
Pessoas como nós é narrado nas vozes de Julieta, Verônica e Maria do Carmo, e, de quebra, Gabriel, Fred, Gonçalo, Marcelo e Pirolito. São pessoas como as que estamos acostumados a encontrar em grandes centros urbanos, ora sendo presas, ora sendo predadores, ora sendo mocinhos, ora sendo bandidos no eterno jogo amoroso, que, claro, mudou bastante nesta era de internet, vida veloz, consumo exagerado e ficantes descompromissados.
Para amenizar as dores dos amores a autora carrega nas tintas da crítica de costumes e no humor inteligente, irônico e por vezes sarcástico. No final das contas - e não poderia ser tão diferente -, Margarida nos coloca à frente de mulheres que buscam o amor, a alma gêmea, o perfect match e de homens que têm dificuldade de se entregar e assumir compromissos.
Não estão fáceis nem nítidos os novos desenhos das relações afetivas.
Mas o romance de Margarida, com suas reflexões leves e bem-humoradas, tem o mérito de mostrar como somos iguais, diferentes, engraçados e complicados e de que formas estamos tentando entender, ou não, o amor, a paixão, a amizade e outros sentimentos humanos e eternos feito o mar. 272 páginas, R$ 39,00, Editora Record, telefone (21) 2585-2000.
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