04 DE JANEIRO DE 2022
INFORME ESPECIAL
O fim de uma era no vermelho. E agora? Novos deques para o Mercado Público
Se as projeções do secretário estadual da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, estiverem certas, o governo do Rio Grande do Sul fechará as contas do ano com saldo positivo de cerca de R$ 4 bilhões. Esse dinheiro ainda será usado para cobrir despesas e não ficará "sobrando", mas é uma boa notícia. A última vez em que houve superávit orçamentário no período foi em 2009, penúltimo ano de gestão da governadora Yeda Crusius (PSDB). Desde então, o Estado gastou além do que devia, sem trégua.
O resultado atual é fruto de uma virada. Para começar, a arrecadação cresceu acima do previsto em 2021. Isso ocorreu devido à escalada da inflação, à venda da CEEE-D e ao trabalho da Receita Estadual.
Na outra ponta, as reformas de 2019 e 2020 ajudaram a conter o avanço descontrolado das despesas, que cresciam no piloto automático.
Esse cenário permitiu ao governador Eduardo Leite (PSDB) voltar a pagar compromissos em dia, zerar passivos e ampliar investimentos. Mas e agora?
O tão falado, debatido, amado e odiado regime de recuperação fiscal vem aí - para o bem e para o mal. Serão nove anos com limitações e regras duras, mas o desafio que se descortina ao Estado vai muito além de manter o equilíbrio conquistado a duras penas.
O esforço fiscal - e tanto Leite quanto Cardoso reconhecem isso - precisa se traduzir em benefícios concretos para a população. No fundo, é isso o que importa.
Superávit previsto para o Estado em 2021 deve chegar a
R$ 4 bi
Os antigos deques de madeira na parte externa do Mercado Público de Porto Alegre darão lugar a um espaço renovado - e bem mais atraente. As estruturas contarão com rampas, ombrelones revitalizados, floreiras e cordas no lugar do atual cercado.
A novidade é fruto da união de esforços entre a prefeitura, responsável pela demolição e limpeza dos velhos deques, iniciadas ontem, e oito mercadeiros, que bancarão a reformulação (R$ 140 mil).
- Essa é uma parceria fundamental para a revitalização do Mercado e o embelezamento do nosso Centro Histórico. Demonstra o engajamento dos permissionários com o nosso projeto - celebra Cezar Schirmer, o secretário à frente do programa Centro+.
Assinado pelos arquitetos Leonardo Barden e Priscilla Reis e executado pela empresa Soares Rilho Construções e Engenharia, o projeto escolhido aposta em um conceito que dialoga com o que há de mais moderno em ocupação de espaços urbanos. Além de mais bonitos e resistentes às intempéries climáticas, os novos espaços serão mais acessíveis e fáceis de higienizar
A expectativa da prefeitura é de que a renovação seja concluída ainda em janeiro, se tudo der certo. Taí uma boa notícia para a Capital nesse começo de 2022. Acesse a coluna em gzh.com.br para ver mais detalhes da proposta.
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