Dicionário Pablo Neruda - Zaffari
/ZAFFARI/DIVULGAÇÃO/JC
Pablo Neruda - Um poeta maior do século XX (Mecenas, 304 páginas) é o 17º volume da consagrada Coleção Dicionário que o Grupo Zaffari acaba de oferecer ao público, com a coordenação geral e edição do publicitário, poeta, dramaturgo, cronista e compositor Luiz Coronel. A edição mostra a grande dimensão de Neruda, um dos mais reconhecidos poetas do mundo e que recebeu, com justiça, o Prêmio Nobel de Literatura de 1971.
Simone M. Pontes assinou o projeto gráfico e a direção de arte, e Janaína de Azevedo Baladão coordenou a pesquisa e a organização e fez a tradução espanhol/português. A Coleção Dicionário, que já homenageou nomes como Erico Verissimo, Cervantes, Mario Quintana, Shakespeare, Clarice Lispector e Virgínia Woolf, tornou-se marco essencial de nossa literatura e está plenamente consolidada, com de 50 mil exemplares entregues a instituições culturais, universidades, leitores de nosso País e do exterior.
Neruda, um chileno medular, cidadão do mundo, um diplomata que trabalhou em vários países, tem uma obra de grande porte, com sustentável beleza e profundidade e que sempre encantou e motivou leitores e profissionais de letras e de artes de várias partes do mundo. O Dicionário de Neruda tem apresentação de Luiz Coronel e textos de grandes nomes como o professor Sergius Gonzaga, José Eduardo Degrazia, Flávio Aguiar e Antonio Hohlfeldt, entre outros, sobre a vida e a obra de um dos maiores poetas do século XX.
"Sua poesia impregnou-se em minha geração. E creio que gerações vindouras terão igual encantamento perante a cascata verbal, a avalanche metafórica, a ideação histórica e tudo mais que conte a acesa criatividade de nosso grande poeta chileno e universal", escreveu Luiz Coronel na introdução.
Com mais esta importante contribuição para as letras nacionais e estrangeiras, que destaca a importância universal de Neruda, Grupo Zaffari mostra que segue incentivando a cultura e estreitando cada vez mais os laços que desde 1935 mantém com a comunidade.
lançamentos
InTensa Rússia (Ballejo Cultura & Comunicação, 192 páginas, R$ 71,00), da experiente jornalista Cláudia Lemes Müller, primeira diagramadora mulher do Jornal do Comércio, relata, com textos e lindas fotos, sua experiência em São Petesburgo, local que escolheu para sua imersão intensa e curiosa no cotidiano russo.
Diamantes Ocultos - Quando o mais precioso é o amor (240 páginas, Editora Lettere & Parole), do auditor de saúde e médico Jocelyn Spolaor Jr., é um romance que retrata a história de um pacato contabilista que, depois de 35 anos de trabalho, resolve juntar as economias e ir morar em Paris. Lá o sessentão vai viver outras vidas...
Guardiões de Quatro Patas - Como os animais protegem nossa missão na terra (Luz da Serra, 208 páginas, R$ 58,00), de Patrícia Cândido, CEO do Grupo Luz da Serra, filósofa e pesquisadora da área espiritual, mostra como os animais podem nos ensinar muito sobre paciência, natureza, presente e outras essências da vida.
Estamos todos bem
Pois é, Lucila, melhor eu pensar que, no fundo, lá talvez no fundo do mar, está tudo bem, que as coisas poderiam estar muito piores. Sempre as coisas aqui na superfície poderiam estar piores, não é? Vou vivendo uma hora por vez, num dia por vez neste 2022 altamente bipolarizado que promete muitas, muitas e fortes emoções. Melhor tomar um fôlego marinho, quem sabe ajuda a segurar os rojões que vão explodir nas nossas cabeças. O mar é das únicas coisas que realmente não param, não dormem e estão aí 24 horas para nos agitar e acalmar. Daqui a pouco vou lá na beira, dar uma relaxada.
Estou aqui no meu chalezinho em Cidreira, trouxe minha velha mãe para cá, mas achei melhor que ela ficasse mais tempo no andar de cima, pois a empregada que eu consegui a duras penas pegou Covid e está aqui no térreo, no quarto de empregada, bem isoladinha. Ela está em quarentena, eu deixo a comida para ela perto da porta e saio rápido, morta de medo de pegar o maldito vírus. Fico pensando que, no final, estamos até todos bem, como no título da famosa comédia italiana com o eterno Marcello Mastroianni, dirigido pelo Giuseppe Tornatore, aquele do lindo Cinema Paradiso.
Ando tossindo e com um pouco de dor de cabeça, não sei se não estou "covidada", mas estou com receio de ter ir na farmácia fazer o teste. Já não entendo mais nada de teste, Covid, vacina, sei lá. Sintomas leves, sintomas graves, uma semana, quinze dias, isolamento, aglomeração, uma loucura, né? Um diz uma coisa, outro diz outra. O noticiário e até os cientistas andam doidos. Melhor usar com moderação. Mas eu já tomei três vacinas, estou usando duas máscaras, passo álcool em gel toda hora nas mãos, nos braços, na boca e no nariz, uns dizem que funciona. Tomo uns remédios aí, que não vou falar, porque sei que aí tu vais me chamar de negacionista e me xingar e começar com aqueles papos políticos radicais tenebrosos. Umas amigas já brigaram comigo, outras morreram e ficaram poucas, como tu, que não posso perder.
Meu marido está trabalhando em Porto Alegre, disse que está meio com febre, com dor no corpo, mas que não é para eu me assustar e que nossos dois filhos já estão melhor, isoladinhos, se recuperando da Covid, que pegaram naquela festa gigante na Bahia ou no avião, ninguém sabe direito. Mas, Lucila, melhor pensar para cima, não é? Que, senão, as coisas ficam piores ainda. Estou com fé que 2022 vai ser melhor, com vacina e melhora na economia e que eu siga viva, nem que eu tenha que tomar mais umas quatro vacinas, sei lá de que marca. Deus nos ajude. Estou pensando sério em tratamentos alternativos, essas coisas holísticas, meditação, ginástica astral, o que for para ajudar eu faço. O que tu achas? Mal não vai fazer, né?
Meu Deus, agora entraram na sala uma gambá-mãe com quatro filhotinhos. Acho que estão indo na direção do bar... O que eu faço? Acho que vou espantar eles aí para minha vizinha vegana, que gosta de cuidar de animais. De repente, ela cuida deles, aqui dentro não vão ficar, pois meu cachorro e meu gato já estão olhando atravessado para eles. Mas, Lucila, está tudo bem, graças a Deus.
a propósito...
Lucila, querida, depois que acalmar um pouco essa pandemia, eu sou parceira para aquela viagem que tu pensaste em fazer para aquela praia deserta do Piauí ou para a aldeia indígena aquela no interiorzão da Amazônia. Estou precisando mesmo dar uma saída, esquecer de tudo. Ainda bem que estamos bem, um pouco assustados com tudo isso. Vou preparar um chá, minha amiga, e algo para a empregada e para minha mãe comerem. Estou atrapalhada, quase servindo miojo com salsichas para elas, coitadinhas. Melhor não, né? Bom, querida, vou pegar a vassoura para espantar a family de gambás. A vizinha vai gostar deles, com certeza, pois eu não tenho como ficar fazendo sala para eles, nada pessoal. Nada contra qualquer tipo de gambá ou ser vivo da divina natureza. Fui, minha amiga, que eles estão querendo se aninhar.
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