
Os pleitos do Centro Histórico
Em reunião recente, donos de imóveis fechados no centro de Porto Alegre apresentaram sete pedidos ao prefeito Sebastião Melo.
São eles: ação firme contra o comércio irregular; combate ao constante tráfico de drogas que tira segurança dos moradores e afasta investidores; melhora da iluminação em ruas, praças e fachadas; zeladoria de limpeza do entorno das lixeiras e às marcas da enchente nas edificações; policiamento específico com uniforme diferenciado; política de incentivos para investimentos por 10 anos; e agilidade para transformação de prédios comerciais em residenciais com um código de obras especial e facilidade nas aprovações.
Estava no encontro o empresário Rogério Wagner, da Ponto Pronto. Defensor do Centro há décadas, ele está preocupado com o movimento de pessoas que, segundo ele, já caiu à metade. A situação se agravou na pandemia e conseguiu piorar na enchente.
Como outros, Wagner entende que a saída é tornar a região adequada para morar. O cálculo é de que haja 6 mil imóveis desocupados na região. A redução de tributos - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e Imposto sobre Serviços (ISSQN) - é estudada pela prefeitura, mas ainda não avançou.
Wagner cita o lançamento, pela Caixa, em fevereiro, de uma linha de crédito para empresas interessadas em revitalizar prédios antigos - o retrofit. Neste produto, metade do recurso é antecipada à construtora, contra 10% das linhas tradicionais. Além disso, quando relançado em 2023, o Minha Casa, Minha Vida passou a considerar estes imóveis como novos, garantindo mais subsídios ao comprador.
- Temos, depois, que fazer mutirões de venda destes imóveis, colocar plantões pela cidade. Precisamos atrair o jovem. Tem de ter também o advogado e a senhora com o cachorrinho no prédio - diz Wagner. _
Pílula
A parceria entre Banrisul e o Banco24Horas, do grupo Tecban, ultrapassou 1 milhão de transações no RS, movimentando mais de R$ 457 milhões. A implantação dos caixas eletrônicos recicladores começou em fevereiro. Os equipamentos recebem depósito sem necessidade de envelope, são instalados em agências do Banrisul e pontos externos estratégicos. Usam menos papel e recusam cédulas falsas ou danificadas. Hoje, são 310 máquinas em 66 cidades. O número subirá a 1 mil ainda em 2025.
Mais "apetite" pelo RS
Maior construtora do país, a MRV investirá mais ainda no mercado gaúcho com a segunda edição do Porta de Entrada, programa do governo do Estado que dá R$ 20 mil para compor a entrada na compra do primeiro imóvel para famílias com renda de até cinco salários mínimos. Diretor Comercial e de Crédito, Ítalo Pita disse à coluna que isso aumenta o "apetite" da empresa para compra de mais terrenos no RS. O foco segue, principalmente, em Porto Alegre (especialmente, Restinga e Zona Norte), São Leopoldo e Novo Hamburgo.
- Direciona mais ainda o canhão da empresa para o Estado - diz.
A primeira fase teve cerca de R$ 120 milhões. Na segunda, serão R$ 150 milhões para bancar o subsídio. O teto do imóvel subiu para R$ 315 mil. Na anterior, a MRV vendeu pouco mais de mil unidades.
Com o programa estadual e mais a ampliação do Minha Casa, Minha Vida pelo governo federal, a construtora está com orçamento para lançar 2,7 mil apartamentos em 2026 no Rio Grande do Sul e ampliar este número em 15% para 2027. _
Clientes inseguros
Bares e restaurantes gaúchos já sentem o impacto econômico dos casos de intoxicação por metanol registrados em São Paulo e Pernambuco. Clientes estão querendo saber a procedência ou mesmo rejeitando destilados, diz a vice-presidente do Sindicato de Bares e Restaurantes de Porto Alegre e Região Metropolitana, Carla Tellini.
Pesquisa da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares de São Paulo (Fhoresp), divulgada ainda em abril, apontou que 36% das bebidas comercializadas no Brasil eram fraudadas, falsificadas ou contrabandeadas. Vinhos e destilados são os mais afetados. Uma em cada cinco garrafas de vodca é adulterada, segundo o levantamento. _
"Não é hora de beber na barraquinha"
Ainda não há casos de intoxicação por metanol no RS. Também não ocorreram registros envolvendo cerveja e vinho, diz o titular da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), Paulo Henrique Rodrigues Pereira. O órgão do Ministério da Justiça determinou a Procons e demais instituições que reportem qualquer investigação ou denúncia de adulteração.
- Não é hora de tomar um drinque em lugar que você nunca viu, numa barraquinha, numa venda em porta de estádio, ou qualquer coisa dessa natureza. É hora de reforçar o vínculo de consumidor com aqueles estabelecimentos tradicionais - alerta Pereira. _
Complexo de saúde
Um projeto prevê instalar um complexo de saúde em Guaíba para pesquisa e produção industrial. O Cluster Industrial Tecnológico da Saúde exigiria investimento de R$ 1,5 bilhão na estrutura para receber de 15 a 20 empresas, que, em operação, gerariam 4,5 mil empregos em cinco anos.
A estimativa é do empresário Jorge Ferraz, idealizador da proposta. A área almejada tem 600 hectares na entrada da cidade.
- Aprovamos lei em Guaíba prevendo este investimento com indústrias farmacêuticas e hospitalares - diz o secretário municipal do Desenvolvimento Econômico, Cleber Quadros. _
De Porto Alegre, a Mark Hamburgueria lançou a Mark Smash, marca mais barata, com cardápio de cinco opções, menos carne no sanduíche e foco em telentrega.
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