terça-feira, 28 de outubro de 2025


28 de Outubro de 2025
POLÍTICA E PODER - Rosane de Oliveira

Brasil deve celebrar, mas sem exageros

Os próximos dias dirão se o encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump foi o sucesso comemorado pelos integrantes do governo brasileiro ou se a negociação com os Estados Unidos continuará andando a passos de tartaruga.

Passadas 24 horas, Trump disse que a reunião foi boa, elogiou o vigor de Lula, mas não fez qualquer promessa concreta de revisão das tarifas.

Mesmo com a declaração cautelosa, a diplomacia brasileira tem razão em comemorar. Porque Trump e Lula conversaram como dois adultos octogenários, presidentes de países que contabilizam dois séculos de boa convivência e que podem ter uma relação comercial produtiva.

O chanceler Mauro Vieira tem sido impecável na condução do processo. Não há espaço para bravatas nem para lacração. O Itamaraty acertou ao recomendar que Lula não se precipitasse, e o presidente foi sensato ao defender a soberania brasileira sem se ajoelhar.

O cenário é promissor, como reconhecem os líderes empresariais, mas em se tratando de Trump não convém comemorar antes que resultados concretos apareçam. O presidente dos EUA é um homem imprevisível e que joga duro com parceiros. A suspensão da tarifa de 50% é o primeiro passo para a negociação avançar para temas mais delicados, como a exploração de terras raras e minerais críticos, que interessam aos Estados Unidos.

Serão dias difíceis, já que negociação pressupõe cada lado ceder um pouco. _

Um ponto que pode complicar as negociações com os EUA é a tensão na Venezuela. Lula se ofereceu para ser mediador, mas é uma tarefa inglória. Primeiro, porque Nicolás Maduro tirou-o da lista de "melhores amigos". Segundo, porque o objetivo de Trump é derrubar Maduro usando o tráfico de drogas como pretexto.

mirante

Fora do governo desde abril, o ex-secretário de Sistemas Penal e Socioeducativo Luiz Henrique Viana foi oficialmente nomeado para o cargo de ouvidor da Agergs, conforme publicado ontem no Diário Oficial.

Prestes a se aposentar, o delegado-chefe da PF no RS, Aldronei Pacheco Rodrigues, vai receber o título de cidadão emérito de Porto Alegre hoje, às 19h. A proposta é de Marcelo Bernardi (PSDB).

No RS, Michelle Bolsonaro dá demonstração de força política

Essa impressão não é só do presidente estadual do partido, Giovani Cherini, mas de mulheres que estiveram com Michelle em Soledade no sábado, quando o partido reuniu 3,4 mil pessoas de 203 municípios.

A deputada Adriana Lara tem uma percepção ainda mais elaborada: Evangélica e boa de palanque, mas com resistência na família

Nas pesquisas, Michelle tem desempenho semelhante ao do governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, em um eventual segundo turno com o presidente Lula. Como Tarcísio diz que será candidato à reeleição, setores importantes do PL preferem que ela seja a candidata. E apontam o fato de ser evangélica convicta e boa de palanque.

Contra Michelle pesa a oposição do próprio marido, que deseja vê-la candidata ao Senado, e a resistência dos filhos dele. _

Justiça derruba lei da Escola Sem Partido em Porto Alegre

A lei determina que professores se abstenham de emitir opiniões que possam influenciar os alunos em relação a uma corrente política ou ideológica. _

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