terça-feira, 21 de outubro de 2025


Como matar uma empresa pública lucrativa

Houve um tempo em que os Correios eram uma das instituições campeãs de credibilidade no Brasil. É verdade que nesse tempo a Empresa de Correios e Telégrafos detinha o monopólio da entrega de cartas, contas e encomendas. A criação do Sedex, em 1982, foi a grande revolução logística antes do e-commerce.

O primeiro grande baque veio em 2005, no primeiro governo Lula, quando veio à tona o vídeo de um diretor dos Correios, indicado pelo então deputado Roberto Jefferson, recebendo propina. Contrariado nos seus interesses nada republicanos, Jefferson denunciou a existência de um esquema que chamou de mensalão.

Apesar do desgaste, os Correios conseguiram se recuperar nos anos seguintes, graças ao e-commerce e a uma rede capilarizada, formada por agências próprias e franquias.

Nos anos críticos da pandemia, obteve lucros expressivos, mas começou a degringolar em 2022, ano da eleição, quando fechou com prejuízo de R$ 880 milhões.

A estatal não se preparou para sobreviver no mundo altamente competitivo das entregas rápidas. Com a mudança de hábito do consumidor e a rápida digitalização, as cartas e os boletos viraram espécies em extinção. A estatal ainda resistiu por alguns anos, entregando produtos do comércio eletrônico, mas sucumbiu à concorrência, à má gestão e ao loteamento político.

Em 2023, o prejuízo até diminuiu um pouco (R$ 633,5 milhões), mas já no ano seguinte saltou para R$ 2,59 bilhões. No primeiro semestre deste ano, o prejuízo acumulado saltou para R$ 3,7 bilhões - e as previsões para o final do ano são as piores possíveis.

Sem se modernizar, os Correios perderam terreno para os sistemas próprios de entrega, como o do Mercado Livre, ou as transportadoras que entregam mais rápido e com a segurança do rastreamento. O Sedex, antes sinônimo de eficiência e rapidez, está sucateado e pouco competitivo. Os funcionários estão matando a galinha dos ovos de ouro com ações trabalhistas milionárias que sangram os cofres da empresa.

E o que faz o governo? Acena com um empréstimo bilionário, a ser garantido pela União, sem exigir eficiência gerencial. _

O primeiro dia do novo secretário de Segurança

Sem alarde, passagem de bastão ou cerimônia de posse: assim foi o primeiro dia do coronel Mario Ikeda à frente da Secretaria da Segurança Pública. Mesmo que a nomeação só tenha sido publicada em edição extra do Diário Oficial à noite, o coronel atuou durante todo o dia como secretário em exercício.

Pela manhã, encontro de alinhamento entre os diretores da pasta. À tarde, reuniões com os chefes das vinculadas para avaliação da semana anterior e definição das ações estratégicas para os próximos dias. _

Vereadores da direita criam CPI para apurar tumulto

Entidade defende irmão de Lula - Tânia Moreira deixa prefeitura

À espera do primeiro neto e duas sobrinhas-netas, a jornalista Tânia Moreira pediu demissão do cargo de secretária de Comunicação Social da prefeitura de Santa Maria para poder ficar mais perto da família. O anúncio foi feito ontem.

A jornalista ainda não sabe o que fará nos próximos meses, mas quem a conhece sabe que não resiste a uma campanha eleitoral e que, provavelmente, vai trabalhar para algum candidato em 2026. 

mirante

A desembargadora Jane Maria Köhler Vidal foi eleita para integrar o pleno do Tribunal Regional Eleitoral. Ela vai assumir a vaga anteriormente ocupada pelo desembargador Ney Wiedemann Neto, que encerrou o seu biênio no TRE. O anúncio foi feito ontem pelo órgão.

O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul será homenageado na Assembleia Legislativa pelos 130 anos, no grande expediente de hoje. A solenidade foi proposta pela deputada Nadine Anflor (PSDB).

POLÍTICA E PODER 

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