
O que fazer para evitar o "apagão" de professores
Como em todo 15 de outubro, é dia de celebrar a profissão que é pai e mãe de todas as outras. Sem professores e professoras não existiriam médicos, engenheiros, programadores de computador e especialistas em inteligência artificial, essa figura que paira sobre nossas cabeças, ameaçando de extinção outras profissões que nem sabemos quais. Sabemos que a de professor vai continuar existindo, para alfabetizar, ensinar a pensar e a buscar respostas. O que se tenta evitar é que a profissão se extinga por falta de interessados.
Não é de hoje que os melhores alunos de cada escola preferem outras profissões mais rentáveis. Os baixos salários são apenas um dos elementos que afugentam alunos brilhantes de uma faculdade de formação de professores. Mesmo que o salário tenha melhorado bastante nos últimos anos, ainda há um abismo entre o que se paga a um professor e o que ganham médicos, advogados, engenheiros e burocratas em geral na máquina pública.
Bolsa para estudar e sobreviver durante o curso
No Rio Grande do Sul, o vice-governador Gabriel Souza, que tem sob seu guarda-chuva os mais importantes programas de desenvolvimento da educação, destaca que o salário de ingresso na carreira mais que dobrou entre 2019 (primeiro ano do governo Eduardo Leite) e 2025. Um professor com formação superior (licenciatura) recebia R$ 2.557,74 em 2019 para uma jornada de 40 horas semanais. Hoje, ganha R$ 5.111,05 - um aumento de 100% para uma inflação de 39%.
Sabendo que só o aumento da remuneração não resolve o problema futuro da falta de professores, o governo decidiu investir na formação de professores, pagando o curso em uma universidade comunitária e oferecendo uma bolsa de R$ 800 por mês para quem quiser ser professor. É o programa Professor do Amanhã. São, até o momento, 1,5 mil bolsistas pagos pelo Estado em cursos presenciais de licenciatura, distribuídas em 12 universidades comunitárias, com investimento de R$ 115,2 milhões. Para 2026 está previsto novo edital com mais 500 vagas. _
Na Mercopar, Gabriel e Polo representam governo estadual
Em mais um movimento para dar protagonismo ao vice-governador Gabriel Souza, seu candidato à sucessão em 2026, o governador Eduardo Leite o escalou para representar o governo na abertura da Mercopar, em Caxias do Sul.
Gabriel foi acompanhado do secretário de Desenvolvimento, Ernani Polo (PP), que tem a simpatia da maior parte do empresariado gaúcho. Leite prefere Gabriel porque ele tem o domínio da máquina administrativa e é o mais preparado para defender o legado dele na campanha eleitoral. _
Leite chama aliados para conversar sobre eleição de 2026
Como os secretários que serão candidatos precisam deixar os cargos até 4 de abril, governador e vice precisam definir com quem seguirá a seu lado e como se darão as substituições.
Leite dirá ao grupo que não tem sentido estarem no mesmo projeto desde 2019 e, na hora de discutir a sucessão, procurar os críticos das ações do governo para negociar alianças. _
PP e PDT no foco das preocupações
Partido do vice-governador Gabriel Souza, o MDB vem cobrando mais diálogo sobre a eleição de 2026, até por constatar que aliados do governo se aproximaram demais da oposição nos últimos meses - ou fazem jogo duplo.
Essa preocupação tem dois focos principais: o PDT, que flerta com o PT em busca de apoio à candidatura de Juliana Brizola, e o PP, que tem uma ala cada vez mais próxima de Luciano Zucco (PL).
Covatti Filho pode ser vice de Zucco
O PP lançou seu presidente estadual, Covatti Filho, como pré-candidato a governador, na tentativa de impedir atritos entre os defensores da candidatura de Ernani Polo a vice de Gabriel Souza e a ala mais à direita, que prefere uma aliança com o PL.
Covatti até se empolgou, seu pai chegou a dizer que ele seria candidato a governador e Zucco disputaria o Senado, mas nos últimos dias ganhou corpo a ideia de ser ele o vice do candidato PL.
Esquerda erra
Deputados de esquerda erraram feio ao votar contra o projeto que abre a possibilidade de pagamento de um 14º salário a professores de escolas que atingirem as metas de aprendizagem. Seguem uma visão limitada e ultrapassada do Cpers, que ignora o sucesso de medidas como essa em outros Estados e que significará mais dinheiro na conta do professor.
mirante
O presidente estadual do PSB, José Stédile, convidou o prefeito de Recife, João Campos, para vir a Porto Alegre. Campos disse que gostaria de vir, mas está com dificuldades de agenda.
Por causa de disputas internas e da falta de nomes competitivos para a Câmara, o PSB corre o risco de perder o deputado Heitor Schuch, que não gostaria de sair.
Os servidores estaduais e os da prefeitura de Porto Alegre terão feriadão de três dias para comemorar o Dia do Funcionário Público. O dia de ponto facultativo foi transferido de 28 para 27 de outubro.
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