
"Essa operação no Rio tem cheiro eleitoral", diz jurista
Ex-secretário nacional de Justiça e ex-secretário- executivo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), o jurista Paulo Abrão afirmou à coluna que a operação que resultou na morte de 121 pessoas no Rio de Janeiro nesta semana é "um fracasso retumbante":
- Essa operação mais letal da história do Rio tem cheiro eleitoral. Um fracasso retumbante. Segurança não se faz com derramamento de sangue. Os sucessivos massacres nas periferias nunca mudaram a realidade de violência, que a cada ano só piora.
Segundo ele, no Brasil, tanto a direita quanto a esquerda têm uma dívida para apresentar à sociedade uma resposta satisfatória.
- A linha populista e tradicional da direita já sabemos que nunca funcionou e só piorou: intervenção federal militar, facilitação de acesso a armas, operações de guerra letais nas comunidades, aumento de penas. Desta vez, querem desviar o foco das propostas para uma abordagem antiterrorista que, além de tecnicamente absurda, empurraria o Brasil para um desastre como a Colômbia dos anos 90. Por sua vez, a resposta mais global dada pela esquerda, que foi a experiência do Pronasci/UPPs, até teve uma abordagem mais integral, chegou a bons resultados iniciais, mas não foi completa, durou pouco e a sua implementação integral foi interrompida pela própria esquerda - acrescentou.
Abrão salienta que é possível construir uma política de segurança baseada em evidências científicas e nas boas práticas comparadas, com o uso de ferramentas de inteligência, com o estrangulamento financeiro das organizações criminosas e pela via da cooperação internacional sobre as fronteiras:
- O nosso país em particular, desde a redemocratização, tem pendente uma crucial revisão profunda no sistema de polícia, que não pode mais ser protelada. Precisamos de um novo Pacto Social de Segurança, construído com articulação e coordenação dos poderes instituídos, dos governos, das organizações sociais e do campo científico. O jurista participou, na última sexta-feira, da abertura da 7ª Conferência Estadual de Direitos Humanos do Rio Grande do Sul, realizada em Porto Alegre.
A Fiergs na COP30
O Sistema Fiergs definiu sua presença na COP30, em Belém. Entre as iniciativas que serão levadas estão estudos sobre irrigação e transição energética justa. A entidade integrará o estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que concentra uma série de debates ligados ao desenvolvimento industrial.
- A indústria gaúcha está atenta às demandas atuais de preservação ambiental e sustentabilidade. Participar da COP30 é uma forma de contribuir com as principais discussões e ajudar a apontar caminhos e soluções para desafios importantes, como o déficit hídrico em regiões do Rio Grande do Sul e os impactos da transição energética, sem deixar de lado o desenvolvimento econômico - diz o presidente do Sistema Fiergs, Claudio Bier, que estará presente em Belém.
A Fiergs também levará à COP30 outros assuntos relevantes para o desenvolvimento econômico sustentável, como reuso de efluentes para abastecimento industrial, fomento à logística de baixo carbono, o observatório da Agroindústria do Estado e o tema do zoneamento ambiental da silvicultura (ZAS). _
Composteira gigante deve chegar a Belém no dia 5
RS e gases de efeito estufa
RS e gases de efeito estufa 2
O inventário é desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), por meio da Assessoria do Clima, em parceria com o Iclei - Governos Locais pela Sustentabilidade. _
BOA NOTÍCIA
O Curso de Acesso Afirmativo à Carreira da Magistratura, promovido pela Escola da Magistratura da Ajuris, foi o vencedor da categoria CNJ - Equidade Racial na 22ª edição do Prêmio Innovare, que reconhece as melhores práticas no sistema de Justiça no país. O projeto é coordenado pelas juízas Flávia Marciano Monteiro e Patrícia Antunes Laydner e oferece preparação completa e gratuita para candidatos negros e indígenas para concursos da magistratura, com mentoria feita por um grupo de juízes. A primeira turma está concluindo suas atividades.
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