Rota da Lavanda é lançada como novo atrativo em Morro Reuter

Larissa BrittoRepórter
Um grupo formado por 16 agroindústrias que fabricam produtos à base de lavanda em Morro Reuter, no Vale do Paranhana, inaugurou, na última terça-feira (14), a Rota da Lavanda, um projeto turístico que tem como objetivo valorizar e fomentar a produção agrícola regional. A rota é caracterizada como uma marca coletiva registrada pela Associação dos Produtores de Lavanda, a fim de agregar e consolidar as vendas da agricultura familiar local.
O presidente da Rota da Lavanda e proprietário da Lavandário Enzveiler, Alexandre Enzveiler, explica que a ideia surgiu como uma forma de ampliar o turismo na cidade, que é reconhecida como a capital nacional da lavanda. “A rota veio para complementar e oferecer uma opção maior para o turismo na questão de amplitude de visitações, por ter mais espaço e mais comércios envolvidos ao recebimento do turista. Então, isso favorece os produtores e investidores em geral”, conta.
O projeto foi desenvolvido por 31 agricultores associados à entidade rural, que produzem diversos produtos com a essência da planta, como alimentos, bebidas e artesanatos. A rota sucede a marca Jardim da Lavanda, um registro empresarial compartilhado entre as agroindústrias, que permite que utilizem o logotipo nos mais variados produtos desenvolvidos na cidade. Dentre as produções à base da flor, destacam-se cervejas, sorvetes, chocolates e até cerâmicas.
A novidade visa inserir uma placa de identificação em frente aos estabelecimentos associados, indicando que o local faz parte da rota. “Vai ter todo o circuito turístico, que poderá ser acessado pela internet, nas redes sociais e, assim, o circuito é formado. O turista simplesmente coloca no Google e vai até o endereço que quer”, explica o produtor.
Ele destaca que a primeira espécie introduzida em Morro Reuter foi a lavanda dentata (Lavandula Dentata), que possui folhas “denteadas”, sendo uma das poucas que conseguem se desenvolver no clima do país. Atualmente, há 12 variedades cultivadas em 23 hectares em Morro Reuter e o objetivo, segundo Alexandre, é introduzir novas espécies para atrair ainda mais visitantes. “Tem produtores que plantaram a lavanda dentata há mais de oito anos e elas ainda estão aqui. Então, a vida útil da planta é longa, em comparação com outras espécies de flores. Agora nós estamos introduzindo outras variedades, porque trazem outros aromas, florações e outras cores da pétala. Isso acaba encantando cada vez mais o turista”, avalia.
No ano passado, a cidade foi reconhecida oficialmente pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) como produtora de lavanda, após receber a Indicação Geográfica (IG) de Denominação de Origem. Essa denominação distingue uma região que caracteriza um produto ou serviço em que suas qualidades dependam exclusiva ou essencialmente do meio geográfico.
A 7ª edição da Festa Nacional da Lavanda, que está prevista para acontecer entre os dias 15 e 18 de outubro de 2026, é aguardada com entusiasmo pelo produtor. O evento, que ocorre bianualmente, torna-se um espaço propício para vendas e consolidação de clientes. “Todos os produtores que produzem algo à base de lavanda têm um estande onde eles podem comercializar seus produtos. Nós estamos sempre ansiosos porque é a época em que recebemos muitos visitantes. No ano passado, nós tivemos um público recorde de mais de 45 mil pessoas”, completa.

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