segunda-feira, 13 de outubro de 2025


13 de Outubro de 2025
POLÍTICA E PODER - Rosane de Oliveira

Nobel da Paz a María Corina homenageia a democracia

O Nobel da Paz para a venezuelana María Corina Machado deve ser entendido como um tapa na cara dos tiranos, como tantas vezes já fez o Comitê Norueguês ao escolher seus homenageados, muito dos quais não puderam ir a Estocolmo porque são reféns em seus países. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, é um tirano. Seu antecessor, Hugo Chávez, não era o que se possa chamar de democrata.

Aos 58 anos, María Corina seria a presidente da Venezuela se Maduro respeitasse as regras da democracia e aceitasse a alternância de poder. Como outros ditadores, Maduro encastelou-se no Palácio de Miraflores e ali se mantém pela força, depois de sequestrar as instituições democráticas, banir os opositores e calar a imprensa.

Essa mulher que o Comitê Norueguês agraciou com o prêmio sonhado por Donald Trump é um símbolo de resistência. Não pôde concorrer na última eleição porque Maduro a tirou do jogo sem qualquer motivo razoável. Seu substituto, Edmundo González, que não tem nem metade da eloquência e do carisma dela, venceu a eleição, mas Maduro não reconheceu o resultado. Fez o que Jair Bolsonaro tentou fazer, sem sucesso, em 2022, quando perdeu no voto e colocou a culpa na urna eletrônica.

Não podendo culpar o sistema eleitoral, Maduro sonegou as atas dos resultados e até hoje não cumpriu a promessa de apresentá-las. Decidiu que o vencedor era ele e González precisou pedir asilo político na Espanha. María Corina ficou na Venezuela e vive escondida, comunicando-se com o mundo pela internet.

Êxodo sem precedentes

Maduro e seu antecessor Hugo Chávez, que isolou a Venezuela com seus delírios de poder absoluto, são responsáveis pelo êxodo de quase 10 milhões de venezuelanos. Milhares deles estão no Brasil, uns trabalhando em atividades incompatíveis com a sua formação superior, outros executando tarefas que os brasileiros rejeitam.

Diferentemente dos ricos, que emigraram para os Estados Unidos, os que para cá vieram estão criando seus filhos longe da pátria, porque saíram de seu país fugindo da fome, da miséria e da repressão. _

O que esperar do encontro de Lula com o papa Leão XIV, no Vaticano

O combate à fome no mundo, um dos assuntos preferidos do presidente Lula desde o início do seu primeiro governo, em 2003, deverá estar na pauta do encontro com o papa Leão XIV, hoje, no Vaticano. Lula desembarcou ontem em Roma, acompanhado da primeira-dama, Janja, e dos ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.

Lula pretende reforçar convite ao Papa para participar da COP30, em Belém, o que é mais uma formalidade do que qualquer outra coisa. A visita de um pontífice é preparada com antecedência e a COP começa em menos de um mês.

É natural que o acordo de paz entre Israel e Hamas, com a libertação dos reféns prevista para hoje, seja tema do encontro de Lula com o Papa, dada a necessidade de cooperação internacional para que a paz seja duradoura.

O encontro com o Papa não é a única agenda de Lula na Itália. O presidente brasileiro vai participar do Fórum Mundial da Alimentação, principal evento anual da Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO), que está completando 80 anos.

Lula dirá que, graças aos programas sociais de seu governo, o Brasil saiu novamente do Mapa da Fome em julho passado. Isso não significa que os problemas do país tenham acabado. Um país é considerado fora do Mapa da Fome quando menos de 2,5% da população vive em estado de subnutrição. _

MDB convida Fábio Branco a concorrer novamente em 2026

Reunidos em Pelotas no fim de semana, no sétimo encontro do projeto que tem por objetivo fortalecer a candidatura de Gabriel Souza a governador, líderes do MDB convidaram o ex-prefeito de Rio Grande Fábio Branco a concorrer novamente em 2026. Branco disputou a reeleição como prefeito de Rio Grande em 2024 e perdeu para Darlene Pereira, do PT. Três vezes prefeito, Branco já foi deputado estadual e resiste em retomar a disputa eleitoral.

O convite para que concorra foi feito pelo próprio Gabriel, mas o desejo de que retome a carreira política é de todo o MDB. Cauteloso, Branco não disse sim nem não. Hoje ele trabalha na iniciativa privada. _

Segurança exige critérios técnicos

Se não quiser errar na área que está apresentando os melhores resultados em seu governo, Eduardo Leite precisa conduzir a substituição de Sandro Caron na Secretaria da Segurança Pública por critérios técnicos.

A ideia de promover o número 2 da SSP, coronel Mario Ikeda, a secretário, mencionada pela coluna no fim de semana, teve excelente repercussão nas corporações.

Na Polícia Civil, a expectativa é de que, em se confirmando o nome de Ikeda, o adjunto seja um delegado ou delegada de polícia. A mais cotada para o cargo é a delegada Adriana Regina da Costa, que desde junho é subchefe de Polícia. Considerada de "pulso firme", Adriana é delegada desde 1999. _

Palmas para eles

O que Pelotas (RS) e Niterói (RJ) têm em comum além do reconhecimento internacional como exemplos de sucesso no combate à violência? A contratação da dupla Alberto Koppitke e Tâmara Biolo Soares para montar seus bem-sucedidos planos de enfrentamento aos criminosos.

Com o apoio da Comunitas, Koppitke e Tâmara ajudaram prefeituras a montar estratégias com base em evidências. E encontraram prefeitos que levaram o trabalho a sério. 

mirante

Se a delegada Adriana Regina da Costa for promovida a secretária adjunta da Segurança, Vanessa Pitrez seria uma excelente opção para a subchefia de Polícia. Hoje ela é diretora de Inteligência.

Depois de percorrer o Rio Grande do Sul recolhendo propostas para o desenvolvimento sustentável, a Assembleia abriu a votação para a escolha das prioridades que devem entrar no documento final. Para votar, entre na plataforma em gov.br/pactors25 e escolha 10 propostas de um total de 80.

POLÍTICA E PODER

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