Obras do complexo da aviação, em Guaíba, começam na próxima semana

Eduardo TorresRepórter
Tem data marcada para 23 de outubro, quinta-feira da próxima semana, o lançamento da pedra fundamental que dará início ao projeto AeroCiti (AeroCentro Integrado de Tecnologia e Inovação), liderado pela Aeromot, em Guaíba, na área reservada, na década de 1990, para que fosse erguida uma fábrica da montadora de automóveis Ford.
De acordo com o presidente da Aeromot, Guilherme Cunha, a partir do início das obras, previsto para o dia do lançamento simbólico, está prevista para 2027 a conclusão da primeira fase do projeto, orçado em até R$ 300 milhões, de um total de R$ 3 bilhões previstos para todo o complexo ao longo de 10 anos.
Entre os diversos estudos implementados nos últimos anos para tirar o projeto do papel, incluindo estudos para obras de contenção revisadas após a cheia do último ano, já foram desembolsados R$ 50 milhões – R$ 10 milhões em 2025.
"Nesta fase 1, teremos a fábrica para a produção de aeronaves, a pista de pouso e o nosso centro de pesquisa, voltado tanto para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis quanto para a formação de talentos neste hub que teremos em Guaíba", diz Cunha.
No lançamento da pedra fundamental, segundo o presidente, serão anunciadas universidades e empresas que terão parcerias confirmadas no futuro hub, além da apresentação do projeto finalizado do AeroCiti.
"Entre as atrações que confirmaremos estará um museu a céu aberto para o público, contando a história da aviação e garantindo convivência da comunidade neste novo espaço", aponta o executivo.
O terreno teve a concessão oficial pelo governo do Estado no começo deste ano. Ali, serão produzidos os aviões da Diamond Aircraft, modelo DA62, que é líder no mercado brasileiro de bimotores e fato preponderante para a instalação da fábrica pela Aerommot.
A empresa chegou a iniciar uma fase de produção em hangares no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. O plano, porém, foi abortado com a enchente. Hoje, as encomendas brasileiras da Aeromot são produzidas na Áustria e no Canadá pela Diamond.
De acordo com Guilherme Cunha, logo na entrega da primeira fase, iniciará a produção em Guaíba. A meta é chegar a até 100 aeronaves por ano e, com o centro de pesquisa, o desenvolvimento de um avião 100% nacional e movido a combustível sustentável ao longo dos próximos 10 anos.
Por outro lado, a estrutura em Guaíba já é apontada como um possível backup, pela pista de pouso, ao Salgado Filho, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Ficha técnica
Investimento: R$ 300 milhões (anunciados até 2027, projeto completo é de R$ 3 bilhões)
Estágio: Em execução
Empresa: Aeromot
Cidade: Guaíba
Área: Indústria
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